No caso Isabele Guimarães Ramos, garota de 14 anos que foi morta pela amiga, em um condomínio de luxo em Cuiabá, o inquérito comprovou que o tiro foi intencional. A jovem vai responder por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar.
O pai da adolescente também responderá criminalmente. Ele foi indiciado por posse de arma de fogo, homicídio culposo, fraude processual e entrega de arma para adolescente.
Também vão responder na Justiça o namorado da jovem, um adolescente de 16 anos, que levou a arma para a casa da adolescente e o pai dele. No caso dele, ele é acusado de ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo e o pai responderá por omissão de cautela na guarda de arma de fogo, já que a arma pertencia a ele.
De acordo com Wagner Bassi, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em entrevista coletiva, nesta quarta-feira (2/9), a adolescente carregou a arma, apontou para o rosto da amiga e disparou a uma distância de 20cm a 30cm.
De acordo com o delegado, a investigação aponta que há indícios de que a cena do crime foi alterada antes da chegada da polícia.
A conclusão da polícia é de que, no dia do crime, o namorado da adolescente levou a arma para a casa dela. Quando ele foi embora, uma das armas ficou municiada e guardada no case. Após a saída do namorado, a adolescente teria subido para o quarto e depois ido para o banheiro com a arma municiada, onde estava a amiga. Um minuto e 18 segundos depois, houve o disparo que matou Isabele.