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Acredite se quiser, já tem torcedor do Caprichoso na fila, trata-se de uma torcedora que há 10 anos é a primeira a chegar na fila.
A mulher foi identificada como Cristiane Rodrigues Ferreira, vendedora, e foi a primeira a chegar no Bumbódromo para prestigiar o Festival de Parintins 2024. Para a torcedora do Boi Caprichoso, o feito não apenas representa dedicação ao bumbá, mas também um ato de inspiração. “Meu boi me dá força”, disse ela em entrevista à Rede Amazônica.
A 57ª edição do Festival Folclórico de Parintins será realizada no próximo fim de semana, nos dias 28, 29 e 30 de junho.
A festa que mobiliza brincantes de todos os municípios do estado e também torcedores de outras regiões do país, envolve um amor pelos bois Caprichoso e Garantido. Um exemplo dessa paixão é Cristiane Rodrigues, que chegou uma semana antes do início oficial do festival para garantir a presença e torcida.
“Nós somos um item, um item 19. A gente tem que torcer, tem que dar força para nosso boi se apresentar melhor dentro da arena”.
Para Cristiane, a dedicação ao Caprichoso não é apenas uma questão de assistir ao festival. A vendedora contou que após sofrer um grave acidente em 2013, que causou a morte do marido e a deixou com fraturas na bacia, ela encontrou no boi a inspiração para superar as adversidades.
“Pelo amor ao boi, eu disse que voltaria a andar, subiria aquela arquibancada e seria a primeira da fila no ano seguinte. E assim foi, desde 2014”, destacou ela com orgulho.
A vendedora explicou que para conseguir isso, ela conta com a ajuda de um grupo de amigos e familiares que fazem revezamento.
“Cheguei ontem e ainda não tinha ninguém para revezar comigo, mas já vieram amigos que ficaram até 5 horas da manhã. A partir de hoje, começa o revezamento. Assim, podemos descansar um pouco”, disse.
A torcedora da nação azul e branca enfantizou ainda a importância da colaboração, especialmente para amigos que vêm de outras cidades e estados.
“Tem gente de vários lugares, principalmente de Barreirinhas. A gente conversa no grupo, manda um amigo ou parente vir para segurar a vaga, trazer lanche ou comida. Outros chegam hoje, amanhã, ou só na quarta-feira, mas sempre tem alguém ajudando”, explicou.
Mesmo com a intensa rotina de revezamento, hoje, Cristiane se prepara para acompanhar o ‘Boi de Rua’ sem deixar o posto em frente ao Bumbódromo.
“Não vou perder o ‘Boi de Rua’. Ele vai passar bem aqui, e eu estarei esperando”, completou a vendedora.
Com informações G1 Amazonas / Rede Amazônica
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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