O medo de ser preso é latente e parece que até para o ex-presidiário Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL) também é.
Depois de afirmar publicamente que o relatório encomendado pelo PL sobre a segurança das urnas eletrônicas apontou falhas em 250 mil e que pediria a revisão da apuração dessas urnas, Valdemar Costa Neto procurou nos bastidores ministros do Supremo e do TSE, na véspera, para dizer que acredita na higidez do sistema eleitoral e que somente tomou tal iniciativa porque o presidente Jair Bolsonaro (PL) assim o exigiu. A informação vazou para os jornalistas Malu Gaspar e Rafael Moraes Moura, no diário conservador carioca O Globo, nesta terça-feira.
Valdemar Costa Neto busca proteção no STF e diz que relatório duvidoso é culpa do Bolsonaro
O ex-deputado Valdemar da Costa Neto, líder do PL, uma das legendas do ‘Centrão’, é hoje figura proeminente no governo Bolsonaro
Segundo o presidente do PL afirmou a esses magistrados, em conversas que visavam a produzir uma espécie de blindagem particular contra represálias dos dois tribunais, ele está sob forte pressão de Bolsonaro. Costa Neto também foi ameaçado por sua ex-mulher, a empresária Maria Christina Mendes Caldeira, de ter informações confidenciais divulgadas caso levasse adiante o que ela classifica como “ameaça à democracia”.
Vídeo
Caldeira disse, ainda, que irá revelar outros crimes do presidente do PL. Durante uma transmissão no Instagram, na última terça-feira, ela afirmou que vai transformar a vida dele em “um inferno”. O vídeo, na íntegra, foi disseminado neste domingo pela internet.
Após 24 dias desde que foi derrotado nas urnas por uma margem de 2,1 milhões de votos, Bolsonaro ainda não desistiu de tumultuar a transição, e agora aposta suas fichas no relatório encomendado pelo PL a uma consultoria chamada Instituto Voto Legal.
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