O vereador Artuzinho (DEM) de Ibirité (MG) reclamou do salário de R$ 5.900 durante reunião da Câmara Municipal. Em vídeo publicado nas redes sociais, o vereador diz que “isso” não é salário de vereador e acrescenta que, apesar do valor ser alto para quem ganha um salário mínimo (R$ 1.100), é uma vergonha para quem ocupa o cargo. O vereador justifica o pedido de reajuste salarial dizendo que a demanda de seu gabinete é “extremamente alta”.
Artuzinho aparece no vídeo com o contracheque em mãos e reclamando que um secretário recebe até R$ 10 mil. “Eu, vereador, numa cidade de 200 mil habitantes, ganhar R$5.900? Por isso o cara vai para Prefeitura e não quer ser vereador. Eu estou aqui 10h todo dia pra ganhar isso aqui”, diz ele. “O cara pode falar que isso é muito dinheiro. Pra quem ganha salário mínimo é muito, mas para um vereador de uma cidade de 200 mil habitantes é pouco”.
“Isso não é salário de vereador, isso é salário de vendedor de laranja, engraxate”.
Ele ainda diz que poderia ter um projeto de lei com a proposta de aumentar o salário de vereadores. “Isso aqui [contracheque de R$ 5.900] é uma vergonha”. Artuzinho continua dizendo que a população de Ibirité acha que um vereador ganha R$ 16 mil ou até R$ 20 mil. “Pessoal bate na gente. É três horas da madrugada lá em casa pra buscar defunto, pra levar gente pra todo o lado”. Ele finaliza repetindo que um secretário ganha mais do que o vereador.
Com a repercussão negativa do vídeo, Artuzinho usou as redes sociais para se desculpar. “Esclareço que a minha intenção não foi, de modo algum, desqualificar ou desmerecer o trabalho do outro, mesmo porque entendo que todo trabalho digno deve ser valorizado”, afirma ele. “A minha intenção foi apenas mostrar a sociedade que o salário de vereador de Ibirité não condiz com a subjetividade da população, que imagina que o salário de vereador seja exorbitante”.