Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, morreu, na última terça-feira (2), após cair do 9º andar de um prédio no bairro de São José, no Centro do Recife. Segundo a Polícia Militar, o caso ocorreu às 13h, no Condomínio Píer Maurício de Nassau, um dos imóveis do conjunto conhecido como “Torres Gêmeas”. A mãe dele era empregada doméstica e trabalhava no quinto andar do prédio.
Miguel Otávio Santana da Silva era filho de uma empregada doméstica – Imagem: Divulgação
O perito criminal André Amaral, que esteve no local para as primeiras investigações, informou que a criança caiu de uma altura aproximada de 35 metros. Para Amaral, os vestígios apontam para um acidente. A perícia identificou, por meio das imagens de câmeras de segurança, que ele apertou diversos botões do elevador.
A PM informou, que a vítima foi socorrida pela mãe e por um médico, que mora no edifício. No momento em que foi socorrida, a criança ainda estava viva, mas morreu logo em seguida. O menino foi levado para o Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, também na região central da capital pernambucana.
Entenda como aconteceu o acidente
A criança morreu ao cair do 9º andar de um edifício de luxo no Recife após a mãe descer para passear com o cachorro dos patrões e deixar o menino aos cuidados da patroa. Lourdes Cristina, tia de Miguel, contou na última quarta-feira (3), que quando a mãe do menino desceu para passear com o cachorro da patroa, o menino começou a chorar. Mas a patroa não ligou para chamar a mãe de volta, pois estava fazendo a unha com uma manicure.
Segundo o delegado Ramon Teixeira, responsável pelo caso, câmeras do circuito interno de segurança do condomínio mostraram o momento em que a patroa permitiu que Miguel entrasse sozinho no elevador, supostamente porque estava chorando pela mãe. Nas imagens, era possível ver que ela fala com o menino, mas o deixa lá, sozinho.
Sari Corte Real, a patroa, foi autoada por homicídio culposo – Imagem: Divulgação
A patroa foi autuada por homicídio culposo, e chegou a ser presa em flagrante, mas pagou R$ 20 mil de fiança e responderá em liberdade. Nesta quinta-feira (4), a mãe do menino, Mirtes Renata contou que os patrões eram o prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker, e da mulher dele, Sari Corte Real.
Quando a mãe saia para trabalhar, Miguel ficava com a avó ou em um hotelzinho. No dia do acidente, a avó precisava buscar uma receita para medicação e resolver questões no banco e como o hotelzinho não que não estava funcionando devido à pandemia, Mirtes optou por levar o filho consigo ao trabalho.
Confira o momento que a criança é deixada sozinha no elevador:
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Mirtes Renata desceu para passear com cachorro dos patrões e deixou filho com Sari Corte Real, autuada por homicídio culposo. Polícia não confirma a identidade da empregadora – Imagem: Divulgação
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