O governador do Amazonas, Wilson Lima, disse nesta quarta-feira (06/05), em entrevista a uma emissora de TV local, que defende um modelo de isolamento social que mantenha serviços essenciais em funcionamento e o reforço em ações de fiscalização e conscientização da população. Ele afirmou que, caso haja decisão da Justiça favorável ao ‘lockdown’ pedido pelo Ministério Público do Estado (MPE-AM), será necessário dividir responsabilidades com órgãos de todas as esferas para garantir o cumprimento do isolamento total.
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“Ainda há pouco conversei com representantes do Ministério Público e o que eu defendo é uma modelagem nesse processo em que a gente aumente a rigidez do isolamento social, mas preserve alguns serviços que não podem parar, como por exemplo os supermercados, farmácias, indústrias, principalmente as indústrias que trabalham com a fabricação de insumos e outros equipamentos, que são fundamentais para o combater a Covid. Esses não podem parar”, disse o governador.
Wilson Lima também afirmou que as ações de fiscalização do Governo do Estado têm priorizado um trabalho de conscientização, mais educativo sobre a necessidade de fazer um isolamento social. “Na segunda-feira, inclusive, nós começamos a fazer um trabalho muito efetivo no Centro comercial, fechando com barreiras físicas algumas ruas e impedindo o acesso das pessoas, também colocando campanhas com apelo mais forte nos veículos de comunicação para que as pessoas tenham consciência da gravidade que é a questão da pandemia”, ressaltou o governador.
Limitação – Wilson Lima reforçou, ainda, que é necessária a contribuição da população para frear o avanço de casos e que o Governo do Estado está atuando para o cumprimento do decreto que restringe o funcionamento das atividades econômicas, mas que há limitações das forças de segurança, que não dispõem de efetivo na quantidade necessária para fiscalizar todos os pontos da cidade simultaneamente e em tempo integral.
“Nós temos um sistema, que inclusive foi fornecido por uma companhia aérea, que mostra pontos da cidade em que há aglomerações. Então a polícia vai lá e tem atuado pontualmente nessas situações. Mas aí, o que vem acontecendo em alguns casos? A Polícia vai lá, fecha o estabelecimento de manhã, quando é a tarde ele volta a funcionar, e isso nos preocupa muito porque a polícia tem um efetivo reduzido, não só por conta do déficit que é histórico, todo mundo sabe, mas também pelo afastamento daqueles policiais que foram atingidos pela Covid, e isso tem sido um grande desafio para gente”, frisou o governador.
Para otimizar ao máximo o trabalho de fiscalização, o Governo do Amazonas está utilizando efetivos das Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AM), divididos por área de atenção, sem prejuízo ao trabalho dessas instituições.