Autoproclamados como uma banda do gênero “sonrisal”, os Mamonas Assassinas realizavam seu último show no estádio Mané Garrincha, em Brasília, na noite do dia 2 de março de 1996.
Coincidentemente, o show era o último da turnê; os rapazes retornariam a Guarulhos, cidade onde o conjunto foi formado, e pousariam no aeroporto, em Cumbica, São Paulo. Com o fim da turnê, iniciariam os preparativos para a gravação do segundo disco, em Portugal.
No entanto, o avião Learjet PT-LSD — que já apresentava erros durante o último mês de uso, conforme documentado pela equipe do MTV na Estrada — que acompanhou a banda em alguns dias da turnê, tinha um piloto com apenas 170 horas de voo naquele modelo de aeronave. O recomendado seria 500 horas, como informou a Folha.
Perda e legado
Em estimativa do Corpo de Bombeiros na época, como informou a Folha, as cerimônias fúnebres dos membros da banda nos três dias seguintes ao acidente movimentaram mais de 100 mil fãs entre o ginásio Paschoal Thomeu, onde ocorreu o velório, até o enterro no cemitério Parque Jardim das Primaveras, ambos em Guarulhos.
Até o fim daquele ano, o grupo totalizou mais de 3 milhões de cópias vendidas do álbum de estreia, tendo a certificação tripla em diamante e considerado o terceiro disco mais vendido na história do país pela Associação Brasileira dos Produtores de Discos. Após a morte, ainda tiveram três coletâneas e 2 álbuns ao vivo lançados.