No Dia Mundial da Psoríase, na terça-feira (29), a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) destacou a importância do diagnóstico e tratamento contínuo da doença, que é realizado na Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), referência internacional em dermatologia.
A data, estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), tem como objetivo conscientizar a população sobre a doença. De janeiro a junho deste ano, no Amazonas, 241 pessoas foram diagnosticadas com psoríase. No ano passado, de janeiro a dezembro, foram registrados 490 casos.
Segundo a médica dermatologista da Fuham, Mônica Santos, a psoríase é uma doença imunomediada, de causa genética, que pode ser desencadeada por alguns fatores ambientais, entre eles, o estresse emocional. É uma doença que não é contagiosa.
Os pacientes, segundo ela, manifestam algumas lesões na pele que necessitam de tratamento. “A principal manifestação é a presença de lesões na pele, que podem ser normalmente avermelhadas e uma descamação esbranquiçada. Essas lesões podem acometer qualquer parte da pele, mas em especial as áreas do cotovelo, joelho, dorso da mama, em cima da mão, em cima dos pés e, também, no couro cabeludo”, explicou.
A dermatologista destaca que o tratamento da psoríase varia conforme a gravidade do caso. Para os diagnósticos mais leves, é recomendado medicamentos tópicos e hidratação da pele. Nos casos moderados ou graves, o tratamento inclui medicamentos orais, injetáveis e fototerapia, que utiliza radiação controlada para tratar as lesões.
Na rede pública do Amazonas, a fototerapia está disponível exclusivamente na Fuham. Os medicamentos utilizados no tratamento da psoríase, tanto tópicos quanto orais e injetáveis, são de alto custo e fornecidos pelo SUS. A Fuham oferece, além do atendimento com dermatologistas, acompanhamento multidisciplinar com psicólogos, farmacêuticos e assistentes sociais.
241 casos de psoríase no Amazonas foram registrados só no primeiro semestre deste ano / Foto: Evandro Seixas/SES-AM