Professores das escolas estaduais em Pauini (distante 923 quilometros de Manaus), seguindo orientação da Associação dos Professores do Estado do Amazonas, fazem um dia de paralisação para reivindicarem reajuste salarial, segundo eles, defasados em mais de 35% nos últimos quatro anos. Devido a paralisação as duas escolas do município, Escola Alberto de Aguiar Corrêa e Frei Mário Sabino, ficam sem aulas nos turnos da manhã, tarde e noite.
Professores de Pauini aderem a paralisação estadual / Foto : Romário Vieira
A paralisação busca forçar o governo a abrir o processo de negociação com a categoria. Novas paralisações estão previstas ainda para o mês de março, caso as reivindicações dos professores não sejam atendidas pelo governo estadual.
Professores de Pauini aderem a paralisação estadual / Foto : Romário Vieira
O movimento atinge a maioria das cidades do Amazonas e acaba por gerar reflexo no próprio cenário político do Estado, já que o processo eleitoral se avizinha e mobilizações dessa natureza sempre são usadas por candidatos a cargos majoritários. Chama a atenção, em momentos como esse, a situação precária em que se encontra a educação no Estado do Amazonas. Em Pauini, especificamente, as salas de aulas das duas escolas públicas estaduais encontram-se em péssimo estado de conservação, sem sistema adequado de controle de temperatura, sem manutenção de equipamentos, e com vagas insuficientes.
Professores de Pauini aderem a paralisação estadual / Foto : Romário Vieira
Existe um número grande de alunos que tentam se matricular e não conseguem e esse fato, em Pauini, gerou inclusive a manifestação do Ministério Público Federal (MPF) exigindo que as escolas públicas garantissem a universalização das matrículas, conforme determinação constitucional. Pauini também sofre seríssimos problemas na rede municipal de ensino que serão tratadas em futuras reportagens deste jornal.
Professores de Pauini aderem a paralisação estadual / Foto : Romário Vieira