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Manaus, AM, sexta, 15 de novembro de 2024

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Homem trans se arrepende de procedimento e volta a ser mulher

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Isabela Aroca, de 33 anos, reverteu a transição de Bruno e voltou a ser mulher. Ela explica que, em 2013, durante uma leitura sobre a Teoria Queer, percebeu a identificação como homem trans e passou a ser chamada de Bruno. “Nesta época, eu era muito ligada à política, inclusive filiada a um partido de esquerda. Dentro deste meio, o reconhecimento foi quase que instantâneo, ninguém no partido me via como mulher, eu era Bruno, era um homem trans e pronto. Já fora deste círculo, uma situação era diferente. As pessoas não entendiam, para muitos, eu era, ainda, Isabela”, contou à revista QG.

Passou alguns anos e ela percebeu que não deixava de ser mulher por não ser feminina, apenas era uma mulher lésbica desfeminilizada e isso ocasionou a deixar de ser Bruno e voltar para a antiga Isabela. Mas, ela ainda não estava satisfeita com o seu corpo e decidiu optar pela hormonização. “Pessoas hormonizadas e felizes nas redes sociais. Eu queria ser uma dessas. No primeiro ano de injeções de testosterona, senti dores tão fortes que, inclusive, chegaram a me impossibilitar de sair da cama. Pode parecer exagero, mas posso jurar que senti o meu útero atrofiar”, relatou.

Em  2020, Isabela estava ouvindo um podcast que debatia sobre a Teoria Queer e, em um outro ponto de vista, ela percebeu que deveria parar de tomar hormônio após um ano e meio de tratamento.  “Ainda hoje, 3 meses desde que interrompi a hormonização, enquanto dores continuam e já até cheguei pensar em voltar atrás e injetar testosterona no meu corpo novamente. Resisto, afinal, ele está apenas respondendo ao que aconteceu durante meses, se readaptando. Antes da hormonização, meu ciclo era menstrual regular, eu menstruava por 3 dias, minha TPM era bem leve e não sentia cólicas. Hoje, é diferente, menstruo 7 dias, tenho uma TPM pesada e muita cólica, muita mesmo”.

Mesmo com as mudanças físicas, Isabela precisou entender que o que ela fez é irreversível e sente que, há cada menstruação, é uma vitória. É como se eu estivesse me libertando de algo muito ruim, algo que me fez muito mal, que causou e ainda causa bastante dor. Está sendo uma redescoberta, mas também mais que isso: um renascimento”, finalizou.

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