Existia na tribo dos Tefés uma bela índia chamada Caboré, seu nome simbolizava sorte e fortuna. Ela era uma guerreira muito valente e todos a adoravam e respeitavam. Um dia Caboré saiu para caçar na mata, mas, demorou a retornar. Já estava anoitecendo e o povo da aldeia ficou preocupado, todos ficaram desesperados e já previam o pior.
A lenda da castanha
Então, o guerreiro Apiá que era apaixonado por ela, saiu a sua procura sem nada encontrar, cansado, sentou-se a beira de um Igarapé e chorou suplicando a Tupã:
– Tupã, onde está Caboré? Onde posso encontrá-la?
Deus Tupã respondeu:
– Guerreiro valente, conheço a tua dor, olhe para a água e verás a tua amada Caboré.
Ao olhar para as águas do Igarapé ele viu refletido o corpo de Caboré caído e sem vida. Apiá então chorou muito pela perda de sua amada.
Caboré tinha sido morta pelos espíritos do mal quando invadiu a terra dos Juruparis. Mas, Tupã ao ver tamanha tristeza de Apiá e do povo de sua aldeia transformou-a em uma árvore imponente e forte, que traz a vida e alimenta com seu delicioso fruto. Uma das mais bela árvore de toda a Amazônia, a imensa Castanheira.
O nome Castanha do Pará se refere ao Grão-Pará, cuja extensão no período colonial incluía toda a Amazônia brasileira.
A castanha é semente da castanheira e vem dentro de um ouriço
A castanha é um fruto com alto teor calórico e protéico, além disso contém o elemento selênio que combate os radicais livres e muitos estudos o recomendam para a prevenção do câncer (cancro).