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4 anos atrásno
A jovem Ana Melissa da Cruz, de 18 anos, deu à luz ao segundo filho na manhã deste sábado (3), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, após procurar atendimento médico por causa de dores abdominais e descobrir a gravidez na hora do parto.
Ana Melissa estava na companhia do marido, e chegou até a unidade após se sentir mal, logo no início da manhã quando sentiu fortes dores na região pélvica.
“Foi meio que de surpresa. Estava tudo normal [menstruava todos os meses] quando foi ontem [sexta, 2], comecei a sentir umas dores e minha barriga começou a inchar e fui para a UPA sentindo muita dor. Tenho gastrite e pensava que era da minha gastrite, mas, ao chegar lá, já estava em trabalho de parto”, conta.
O bebê recebeu nome de Lucas Gabriel, uma sugestão da enfermeira logo após o parto. Segundo a mãe, ele nasceu pesando 3,300 quilos e mediu 49 centímetros. Os dois foram levados para a maternidade logo depois, receberam atendimento e estão bem, segundo informou Ana. Ela ainda não sabe quando deve receber alta.
“Foi uma surpresa boa. Um notícia forte, mas, boa ao mesmo tempo. Ele está saudável e eu estou bem. Todo mundo gostou da notícia. Meu marido ficou surpreso”, conta.
Ana disse que ao longo da gravidez não percebeu nenhuma alteração no corpo e continuou menstruando normalmente, por isso não desconfiou que tivesse carregando o pequeno Gabriel.
Sem ter enxoval, ela diz que contou com algumas doações que já recebeu no hospital, já que eles não podem fazer compras, devido o comércio fechado em cumprimento ao decreto do governo que suspende as atividades durante feriados e finais de semana.
“Têm algumas roupinhas simples que a gente conseguiu de última hora, algumas cobertinhas porque está tudo fechado e não tem como comprar nada. Então, é só com o que conseguimos”, conta.
O parto do pequeno Lucas Gabriel foi o primeiro realizado na UPA da cidade. A enfermeira Natiely Galvão foi quem fez o atendimento de Ana, assim que ela chegou na unidade, e ajudou no parto com a equipe médica do local.
A enfermeira contou que a paciente chegou sentindo dores pélvicas e, quando foi fazer a classificação de risco, começou a chorar e pediu ajuda.
“O recepcionista chegou e falou que tinha uma paciente com muita dor, e perguntei se estava grávida e ele disse que a informação era que não. Ela entrou no atendimento e perguntei se estava grávida, porque se tivesse o atendimento dela não era aqui e sim na maternidade, e ela negou falando que a menstruação estava normal”, conta.
Ao dizer que sentia muita dor, Ana começou a chorar e apenas relatou o inchaço na barriga e as dores e um leve sangramento.
“Quando começou a chorar, então, a dor já estava no grau 10 e levamos para a emergência. Quando colocamos na maca, em posição ginecológica, o bebê já tinha coroado, dava para ver a cabeça da criança porque ela estava em trabalho de parto. Ou seja, quando ela estava chorando é porque estava sentindo as contrações. Nasceu rosadinho. Era um meninão e ela não tinha uma barriga”, relembra.
Natiely diz que foram feitos os procedimentos, a mãe foi orientada e o parto foi um sucesso, apesar de a estrutura da UPA não ser adequada para fazer o procedimento.
“O médico fez a retirada da placenta, na hora a gente não tinha nenhum grampo porque era na emergência, mas prendemos com a liga da luva, depois envolvi em um pano umedecido para ser levada para a maternidade. Lá não tinha fralda, então, pegamos lençol das macas e fiz um charutinho, passei duas fitas para o bebê ficar bem aquecido e já coloquei na mãe para ser estimulado a mamar e ser aquecido”, conclui.
Fonte : G1
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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