A Farra do Diesel começou a ser questionada após denúncia feita pelo vereador Marcelo Serafim (PSB), no qual ressaltou a irregularidade na aquisição do óleo diesel com isenção de ICMS pelas empresas de ônibus de Manaus, além da “inconsistência no número de veículos que atendem o sistema de transporte público”.
Para se ter ideia, após a retirada de subsídio do Governo do Estado, empresários do sistema de transporte coletivo compraram 1,1 milhão de litros de diesel a menos, nos meses de fevereiro e março deste ano, em comparação ao mesmo período de 2016.
Por entender que esses números não são justificáveis, o deputado José Ricardo (PT), entrou com um requerimento de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Por ser algo extremamente burocrático, lento e de difícil combate contra uma máfia velada, o deputado Serafim Corrêa (PSB) solicitou em 19/04, ao presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado David Almeida (PSD), urgência na implantação da CPI — de iniciativa do deputado José Ricardo (PT) — para investigar o desvio de diesel no transporte público em Manaus.
Com a demora da instalação da CPI para investigar a possível revenda de diesel subsidiado pelas empresas do transporte público de Manaus, alguns deputados estaduais retiraram as assinaturas do documento.
Entretanto a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), que tem como presidente o deputado estadual Orlando Cidade (PTN), indeferiu o pedido, alegando que a retirada de “cinco ou seis” assinaturas de parlamentares inviabilizaria o processo.
Assim sendo, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM), David Almeida (PSD), comunicou o arquivamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da “farra do diesel” que visava investigar os gastos com combustível das empresas de transporte coletivo de Manaus.
Ano que vem é ano de eleição.
David Almeida (PSD) afirmou que matéria recebeu indeferimento da Comissão de Constituição, Justiça e Redação. Autor do requerimento, deputado José Ricardo, disse que vai entrar na justiça contra decisão / Foto: Divulgação/ALE