Rossieli Soares da Silva é o novo ministro da Educação. Ele foi escolhido pelo presidente Michel Temer para substituir Mendonça Filho à frente do MEC, após muitas discussões sobre um possível nome ligado ao DEM para assumir a pasta. A assessoria do Ministério da Educação (MEC).
Amazonense, Rossieli Soares, é o novo ministro da Educação- Imagem: Divulgação
Mendonça Filho esteve no cargo até sexta-feira (6), cumprindo o prazo de desincompatilização de seis meses antes do pleito. A posse do novo ministro está prevista para esta terça-feira (10/4) as 15h.
Rossieli é advogado, tem 39 anos, e possui mestrado em Gestão e Avaliação Educacional pela Universidade Federal de Juiz de Fora, concluído no ano passado. Desde 2016 no MEC, Rossieli é o atual secretário da Educação Básica (SEB) e integra o Conselho Nacional da Educação (CNE), tendo participado das discussões sobre a aprovação e implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), bem como a Base do Ensino Médio. “A Base é um apontamento para o futuro do Brasil”, afirmou em entrevista à TV MEC. “Ela vai nos dizer qual o tipo de educação que nós queremos e o que cada cidadão brasileiro deve saber nos próximos 10 ou 20 anos.”
Quando Mendonça Filho anunciou sua intenção de deixar o ministério para concorrer às eleições deste ano, o nome mais forte para ocupar o cargo era o da secretária-executiva do MEC, Maria Helena de Castro. Nesta quarta-feira (04/04), porém, o Diário Oficial trouxe sua indicação para a Câmara de Educação Básica (CEB), o que seria um indício de que não ocuparia o ministério. Maria Helena é filiada ao PSDB, partido que deixou a base aliada e anunciou candidato próprio para a corrida presidencial.
Advogado, Rossieli Soares trabalhou como assessor jurídico na Comissão Geral de Licitação do Estado do Amazonas por quatro meses até ingressar na Secretaria de Educação (Seduc), em julho de 2008. Por lá, trabalhou como diretor de Planejamento, diretor de Infraestrutura e Assessoria Estratégica e como Secretário Executivo Adjunto de Gestão, antes de assumir a chefia da Scretaria de Educação Básica.
Como secretário ele destacou que sua gestão daria prioridade à formação inicial e continuada dos professores para o sucesso do processo educacional.
Durante seu período no governo do Amazonas, Rossieli implantou projetos como o Sistema de Avaliação do Desempenho Educacional do Amazonas, o Programa de Aceleração do Desenvolvimento da Educação do Amazonas (Padeam) e o Professor na Era Digital, que distribuir 44 mil notebooks para professores. Ele também criou do Plano de Cargos e Carreiras da Seduc e implantou a data-base dos professores da rede pública estadual de ensino do Amazonas.
Durante sua gestão, o estado do Amazonas conseguiu avançar e superar as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nos três anos avaliados.
Em dezembro de 2017, o então Secretário de Educação Básica foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) a devolver R$ 2,2 milhões aos cofres públicos, por obras em escolas pagas e não executadas enquanto esteve à frente do Fundo Estadual de Incentivo ao Cumprimento de Metas da Educação Básica, em 2014.