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3 anos atrásno
Uma notícia horrível veio do Oriente médio na última semana e está ganhando o mundo inteiro. Isso porque uma iraniana de apenas 17 anos teve a vida ceifada pelo próprio marido que a decapitou e não se importou em desfilaar com aa suaa cabeça pendurada em uma das suas mãos pelas ruas da cidade de Ahvaz, no sudoeste do Irã. O crime ocorreu no último sábado (5/2).
A moça se chamava Mona Heydari e era casada com ele desde os 13 anos de idade. Após uma tentativa falha de fugir do país — e do casamento, acabou sendo pega por ele. O assassino teve apoio do pai e do irmão da mulher para cometer o ato, conhecido como “assassinato de honra”. Após o crime, a cabeça de Mona foi exibida pelo esposo nas ruas da cidade de Ahvaz, no sudoeste do Irã, em uma ação filmada e compartilhada nas redes sociais.
De acordo com a imprensa local, Mona fugiu para a Turquia mas foi encontrada pelo pai, que a levou de volta ao marido. O esposo de Mona é, também, primo dela e sobrinho do pai
Juntos, o pai, o marido e o irmão de Mona decidiram que o homem poderia cometer o denominado “assassinato de honra”. O ato é “permitido” pela Lei Sharia, em que os “donos de sangue”, aqueles com laços sanguíneos com a pessoa acusada de crime, podem exigir a execução do ente querido após cometer alguma atitude que trouxe “vergonha” para a família.
As imagens do “desfile macabro” foram compartilhadas pela agência de notícias Rokna, do Irã, que foi proibida de fazer jornalismo dentro do país pelo órgão de vigilância da mídia iraniana. Após a repercussão do caso, o marido e o irmão da mulher foram presos. A polícia não divulgou o nome dos homens.
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Elham Nadaf, membro do parlamento iraniano, afirmou que o crescente número de casos é resultado da falta de meios para cumprir as leis. “Infelizmente, estamos testemunhando tais incidentes porque não há medidas concretas para garantir a implementação de leis para prevenir a violência contra as mulheres”, declarou à agência de notícias local ILNA.
Uma cultura feminicida: crimes contra mulheres cresceram no Irã
De acordo com o veículo de imprensa Iran International, os crimes de honra são predominante sem algumas partes do país, “principalmente devido a crenças sociais e às leis frouxas da República Islâmica, além de sentenças leves que incentivam o comportamento”.
“Cerca de 60 mulheres foram vítimas de crimes de honra nos últimos dois anos, incluindo algumas com 10 ou 15 anos de idade. Nenhum dos assassinos foi levado à Justiça, pois a maioria das famílias nem sequer entrou com uma ação judicial”, declarou o jornal Iran International ao repudiar a morte de Mona.
Em junho de 2020, por exemplo, duas jovens foram mortas por esse tipo de assassinato. Rehaneh Ameri, da cidade de Kerman, no centro-sul do Irã, foi espancada com uma barra de ferro pelo pai, mas não morreu no momento. Ela veio à óbito quase 24 horas depois por sangrar até a morte enquanto agonizava no local em que o pai a deixou.
Na mesma semana, Fatemeh Barahi, de 19 anos, foi decapitada pelo marido após fugir dele após um casamento forçado. O marido de Fatemeh se entregou à polícia e disse que havia cometido o crime “devido à infidelidade” de sua esposa.
De acordo com a imprensa local, embora o número exato de crimes de honra no Irã não seja conhecido, um oficial da polícia de Teerã disse anteriormente que eles representam cerca de 20% dos assassinatos do Irã.
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