Na manhã desta terça-feira (24/1), detentos iniciaram uma rebelião no Centro de Progressão Penitenciária (CPP3) em Bauru, São Paulo. O incidente começou após um agente penitenciário repreender detento que utiliza um celular, os presos reagiram, incendiando colchões.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para combater as chamas e não houve reféns nem feridos.
O Grupo de Intervenção Rápida (formado por agentes penitenciários), interviu e a rebelião foi controlada. O Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) chegou a estimar que cerca de 200 presos haviam escapado do complexo, mas no fim da manhã, foi realizada a contagem dos presos com o apoio da PM e foi confirmado o número de 152 fugitivos.
Noventa (90) detentos que fugiram já foram recapturados e serão encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP), também em Bauru.
A penitenciária tem capacidade para 1.124 internos, mas estava com 1.427 no momento da rebelião. Segundo a SAP, hoje 208 presos trabalham fora da unidade, 65 em empresas externas e 358 em atividades do próprio presídio.
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) disse em nota, que por ser uma unidade para presos do regime semiaberto, o CPP3 não tem muralhas nem segurança armada, funcionando com o princípio da autodisciplina do preso.
Centro de Progressão Penitenciária (CPP), em Bauru, em chamas (Divulgação)