Após vetar integralmente o projeto de lei que previa pagamento de indenização de R$ 50 mil aos familiares de profissionais de saúde que atuaram no combate à pandemia do coronavírus e que morreram pela Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta quarta-feira (5/8), que o governo federal não poderá continuar pagando o auxílio emergencial por muito tempo, o benefício custa R$ 50 bilhões por mês aos cofres públicos. Ele também criticou “alguns governadores”, sem citar o nome de ninguém, por manterem “tudo fechado” para enfrentar a pandemia.
Após vetar indenização de R$ 50 mil a profissionais de saúde e Bolsonaro avisa que deixará de pagar o auxílio emergencial – Imagem: Divulgação
O presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o projeto de lei que previa pagamento de indenização de R$ 50 mil aos familiares de profissionais de saúde que atuaram no combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus e morreram em decorrência da Covid-19. A proposta também concedia o benefício para os profissionais que ficarem permanentemente incapacitados após a infecção. A indenização seria paga pelos cofres públicos federais a profissionais como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais, agentes comunitários, técnicos de laboratório e outros que atuam na área.
Agora o veto será analisado agora pelos deputados e senadores, em sessão conjunta a ser marcada. Os parlamentares poderão manter a decisão presidencial ou derrubá-la, tornando o projeto uma lei.
Já sobre o Auxílio Emergencial, a declaração ocorreu na manhã desta quarta-feira (5/8), em conversa com simpatizantes na saída do Palácio da Alvorada, depois que um apoiador agradeceu o presidente pelo auxílio emergencial de R$ 600, ao qual atribuiu o fato de não ter faltado comida na sua casa, mesmo assim o presidente acabou com a alegria do simpatizante.
Integrantes do governo já cogitam a necessidade de ampliar o auxílio emergencial até dezembro deste ano, diante das incertezas em relação à duração dos efeitos da pandemia sobre a economia. No entanto, segundo auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, o valor das parcelas adicionais teria de ser inferior aos atuais R$ 600, diante da falta de recursos no Orçamento.
Uma das ideias em avaliação no governo seria pagar mais quatro parcelas extras a essas pessoas no valor de R$ 200. Este é o valor médio do Bolsa Família. Contudo, para reduzir o valor do auxílio será preciso aprovar a mudança no Congresso Nacional. O Executivo pode prorrogar por conta própria apenas se o valor de R$ 600 mensais for mantido.