O presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) disse durante conversa com apoiadores, nesta segunda-feira (7), em frente ao Palácio da Alvorada, que vai lutar para que tenha o retorno do voto impresso no Brasil.
Bolsonaro vem defendendo a impressão do voto como uma solicitação do povo brasileiro e visa garantir idoneidade ao processo eleitoral. “Quem discute somos nós e o Parlamento, e acima de nós está o povo brasileiro”, afirmou.
Bolsonaro falou pouco no encontro desta segunda. Tirou muitas selfies, ouviu uma oração e um grupo de mulheres cantar para ele e fez inúmeras brincadeiras. Disse que não abraçaria um homem porque abraçar homem logo de manhã era estranho. E quando uma de suas fãs contou que a mãe havia pedido para ela dar um beijo na boca do presidente, ele devolveu: “Beijo na boca só se for de língua”, e gargalhou.
Uma conversa de duas mulheres na frente de Bolsonaro mostrou que ele tem razão ao declarar que seus apoiadores defendem o voto impresso. “Tudo o que está acontecendo agora é para tirar o presidente da próxima eleição”, disse, de forma vaga uma delas.
“Sem o voto impresso a gente não consegue mesmo fazer nada, o povo precisa sair na rua e pressionar os parlamentares”, comentou outra. Bolsonaro só ouviu sem dizer nada.
Manifestação
Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro protesta em frente ao Museu Nacional e à Biblioteca Nacional em Brasília desde a manhã deste domingo (6). Os manifestantes criticam a votação por urna eletrônica e pedem eleições por voto impresso.
O grupo também defende o jornalista Oswaldo Eustáquio, investigado no inquérito do STF (Supremo Tribunal Federal) que apura o financiamento de manifestações com pautas antidemocráticas. Os manifestantes afirmam que o blogueiro bolsonarista é perseguido e uma pessoa “digna”.