Publicado
1 ano atrásno
Por
Jussara Melo
Na manhã desta terça-feira (21/11) o primeiro tenente da Polícia Militar de Manaus, Luiz da Silva Ramos, foi encontrado morto dentro do banheiro Comando Geral da Polícia Militar do Amazonas, localizado no bairro Petrópolis, zona Sul de Manaus.
De acordo com amigos da corporação, por volta das 08h tiros foram ouvidos dentro do banheiro e ao entraram no cômodo e encontraram Luís sem vida. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). A suspeita é que o tenente Luiz da Silva tenha tirado a própria vida.
De acordo com informações o tenente da PM teria descoberto recentemente que estava com dois tumores cerebrais. Luiz Ramos teria ficado internado por 15 dias, com fortes dores de cabeça, quando descobriu os tumores. Nesta terça-feira (21/11) o tenente havia ido ao Comando apresentar os exames e solicitar a licença de 90 dias.
O tenente Luiz da Silva Ramos é um dos policiais militares acusado de matar três pessoas em 2016, no bairro Grande Vitória, ele seria julgado com mais oito policiais durante o júri popular marcado para janeiro de 2024. Mesmo sendo alvo do processo do assassinato de jovens, o tenente respondia em liberdade e continuava trabalhando na Polícia Militar no setor administrativo. Porém se ele fosse condenado, o PM seria exonerado.
Caso Grande Vitória
Alex Júlio Roque de Melo, de 25 anos, Ewerton Marinho, 20, e Rita de Cássia, 19, desapareceram no dia 29 de outubro de 2016, após serem abordados por policiais militares no Grande Vitória, enquanto voltavam de uma festa.
Imagens de câmeras de vigilância da área registraram o momento em que os policiais mandaram o trio entrar no carro da PM. Desde então, os jovens nunca mais foram vistos.
À época, a cunhada de Rita, que não quis se identificar. Ela contou que a jovem voltava de um pagode no São José de carona com os dois rapazes desaparecidos.
Weverton pilotava a moto quando houve a abordagem. Segundo a esposa dele, Andresa Andrade, de 19 anos, o marido estava desempregado há pouco tempo. Ele trabalhava como frentista e comprou o veículo com o FGTS. “De vez em quando, fazia corridas, e deu carona para os dois”, relatou a esposa.
No dia do desaparecimento, moradores do bairro fizeram grande manifestação e entraram em confronto com a polícia. Eles chegaram a atear fogo em pedaços de madeira e incendiaram um veículo. A PM precisou conter os manifestantes com balas de borracha.
Em dezembro de 2016, a Polícia Civil do Amazonas concluiu o inquérito e, após encontrar material genético das vítimas, apontou que o trio foi morto, e confirmou o envolvimento dos policiais no caso.
Sete anos após o crime, os corpos das vítimas não foram encontrados.
Mulher...mãe....apaixonada....webwriter e sócia proprietária do Portal No Amazonas é Assim...E minha história continua ❤
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