O maior épico do futebol amazonense não inclui goleada alguma. Hoje na disputa por um lugar ao sol na série D do campeonato Brasileiro, em 9 de março de 1980, o pequenino Nacional Fast Clube enfrentou o estrelado New York Cosmos, que contava com craques como o alemão Beckenbauer, o italiano Chinaglia e o holandês Neeskens. Tudo porque o empresário do Cosmos no Brasil, Joaquim Alencar, era fastiano de coração. Nem o Flamengo de Zico nem o Corinthians de Sócrates tiveram tal privilégio.
Os 57 mil torcedores presentes marcaram recorde imabtível de público no estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão, que deu lugar à Arena da Amazônia, com capacidade para no máximo 41 mil pagantes. O Cosmos, que na mesma excursão venceu o Santos em São Paulo, não conseguir marcar. Quem mais criou oportunidades, mesmo sem gols, foi Clodoaldo – estrela alugada pelo time amazonense para a disputa.
Duas coisas impressionaram os jogadores gringos, contou o zagueiro brasileiro Oscar, que jogava com a camisa do Cosmos : o calor terrível e a imensidão da floresta amazônica.
“Na chegada, o aviãou passou duas ou três horas sobre a floresta e era um verde que não tinha fim.”
Para completar a jornada depois do empate sem gols, atletas do Cosmos emprestaram sua imagem para propagadas do Amazonas. Neesken pousou no Encontro das Águas do Rio Negro e Solimões. Beckenbauer apareceu em panfleto parecido, com sua foto diante do Teatro Amazonas e o texto : “Estive visitando o maior templo da arte do universo. Venha você a Manaus”.
Clube de Manaus levou Beckenbauer à Amazônia