Um dos sintomas mais evidentes da grave crise pela qual passa a economia brasileira e o mercado consumidor em particular é a queda recorde das vendas do varejo. De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, de janeiro a abril de 2016 as vendas do varejo no conceito restrito acumulam retração de -6,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
De janeiro a abril deste ano, 14,3 mil empreendimentos do segmento que engloba os hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo fecharam as portas, cortando 29,7 mil vagas formais de emprego neste período. O número corresponde a quase 12 mil estabelecimentos a mais do que o mesmo período de 2015, quando foram encerrados 2,4 mil pontos de venda no setor.
Não há nos últimos 15 anos registro de queda tão acentuada para este período do ano quanto a de 2016. Oito dos dez segmentos do comércio varejista no conceito ampliado acusaram perdas recordes no início do ano.
O número de estabelecimentos comerciais de alimentação teve queda de 11,4% no Amazonas, de janeiro a abril de 2016, comparado ao mesmo período de 2015, com o fechamento de 192 negócios.
Todas os Estados registraram quedas no número de lojas com essas características: São Paulo (-4,1mil), Paraná
(-1,6 mil) e Minas Gerais (-1,5 mil) foram os maiores destaques no período. Entretanto,em termos relativos, as maiores retrações se deram no Amapá (-13,4%), Amazonas (-11,4%) e Espírito Santo (-11,0%).
Comércio de alimentos fecha 192 estabelecimentos no Amazonas