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7 anos atrásno
A Carambola é uma fruta cítrica, exótica e de baixa caloria, que pertence à família das oxalidáceas. Sua aparência é oval e alongada, sendo uma fruta deliciosa, crocante, suculenta e com sabor agridoce. É popularmente conhecida como fruta estrela pela forma que adquire ao ser cortada em fatias. Nativa da indonésia e Malásia, seu cultivo se espalhou para a Ásia e América. Em alguns países é conhecida por outro nome, como: Tiriguro, na Costa Rica; Tamarindo Chinês ou Doce, na Venezuela; Cinco dedos, na República Dominicana; e, Carambola, no Brasil.
É uma fruta considerada exótica e altamente valorizada no mercado internacional, que tem nutrientes que beneficiam o corpo e suprindo vitaminas e proteínas essenciais para o organismo. Em alguns casos, se você comê-la verde pode maltratar os lábios, quando a carambola amadurece seu sabor é muito doce e refrescante. O principal componente da Carambola é a água, além de que contém pequenas quantidades de carboidratos simples e ainda menores em proteínas e gorduras, por isso seu valor calórico é muito baixo. O seu teor de fibra dá propriedades laxantes.
Os benefícios da carambola
A Carambola tem propriedades nutricionais, como fonte natural de vitamina A e C, e complexo B, que é benéfica ao metabolismo. É conhecida por ser eficaz no combate de resfriados, além de ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares e câncer.
A fruta fortalece a imunidade humana, por atuar como antioxidante e age contra radicais livres. Já as vitaminas do complexo B (riboflavina, piridoxina e outras) atua favorecendo o metabolismo e várias outras funções dentro do corpo. A fruta também contém potássio que auxilia no sistema sanguíneo, reduzindo a pressão e regularizando os batimentos do coração.
O uso da Carambola é altamente recomendado para crianças, jovens, adultos, idosos, atletas, mulheres grávidas ou mães que estejam amamentando.
Também ajuda a prevenir e reduzir a constipação, devido ao seu teor de fibra solúvel. Tem baixo teor de gorduras, carboidratos e calorias, e seu consumo é indicado para quem segue uma dieta de emagrecimento.
O baixo teor em carboidratos, sua riqueza em potássio e baixa ingestão de sódio, se recomendam para pessoas que sofrem de diabetes, pressão arterial elevada ou infecções nos vasos sanguíneos e do coração.
CARAMBOLA FAZ MAL?
Conheça os perigos ao comer Carambola.
As pessoas que sofrem de insuficiência renal e que necessitam de dietas especiais controladas deste mineral devem tomar cuidado. Por sua abundância de oxalato de cálcio o seu consumo não é conveniente em casos de cálculos renais (pedras de oxalato de cálcio); também não é indicado para pessoas com doença renal que necessitem de uma dieta de controle de potássio, que tenham diarreia e transtornos gastrointestinais (estômago sensível, gastrite).
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP) encontraram uma substância existente na carambola que pode causar intoxicação e danos à saúde, principalmente em pessoas com problemas renais. De acordo com o estudo, a caramboxina pode causar crises de soluços, epilepsia, convulsões e conduzir à morte. O nefrologista Miguel Moysés havia perdido um paciente na década de 1990 que morreu depois de sofrer vários ataques e permanecer em coma. Foi quando o médico decidiu estudar a relação entre o consumo de carambola e a intoxicação dos pacientes com insuficiência renal. “O paciente não tinha nada, fazendo hemodiálise, ele comeu duas carambolas e começou a se sentir mal. Na mesma semana, em outro caso semelhante, ocorreu com um paciente em coma, que tinha ingerido grandes quantidades de suco de carambola”, diz o médico.
A pesquisa que se estendeu por mais de uma década, contou com a participação de 19 profissionais, entre biólogos, químicos e médicos. A substância tóxica da carambola pode causar doença renal, de acordo com uma pesquisa realizada pela USP de Ribeirão Preto.
No decurso dos estudos, os investigadores foram capazes de isolar e identificar a molécula da fruta que causa a intoxicação, a ”caramboxina”; a substância existe em baixas concentrações na fruta, mas é tóxica. Em pessoas saudáveis, se elimina facilmente pelo organismo. Mas, em pessoas com problemas renais se concentra no corpo e provocam sintomas como soluços constantes durante várias horas, confusão mental, convulsões e sem tratamento adequado, pode levar à morte.
“A molécula que contam é bastante instável, uma vez que é derivada de um aminoácido natural e o corpo confunde. A alta solubilidade em água deve fazê-la desaparecer pela filtração renal, mas, se o paciente não filtra, esta molécula está em circulação. Então, desmascarada, penetra, atinge o sistema nervoso central e pode causar vários danos”, explica o farmacêutico Norberto Lopes, que participou da pesquisa da molécula. Segundo os investigadores, as pessoas sem problemas renais, se comerem ou tomarem suco carambola em grandes quantidades, podem desenvolver problemas neurológicos e insuficiência renal aguda. “O ideal é comer sem exagero”, diz Dantas.
Os pesquisadores da USP, em Ribeirão Preto (SP) levaram mais de 10 anos para identificar a molécula da carambola que causa intoxicação.
A University Malaya Medical Center, também constatou que a neurotoxina – que não é encontrada nas outras frutas – de fato, pode ser perigosa, pois é capaz de afetar o cérebro e o sistema nervoso, principalmente pessoas com históricos de problemas renais. Isso decorre porque o rim pode ser incapaz de expelir as toxinas da carambola após ser ingerida acarretando assim, uma intoxicação. É preciso estar atento aos sintomas como: dormência, confusão mental, fraqueza, soluços e até crises epiléticas, se ocorridos após o consumo, pois pode se tratar de uma intoxicação por carambola.
A ingestão de uma única carambola pode causar a infecção e apresentar os sintomas citados, por isso, é recomendável falar com o seu médico ou nutricionista sobre os riscos da carambola para o seu organismo.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.