Na manhã de hoje (21) a Polícia Civil divulgou a prisão de um homem de 45 anos suspeito de estuprar a enteada de 10 anos que tem Síndrome de Down.
A delegada Joice Coelho informou que o acusado namora a mãe da menina há 4 anos e costumava dormir por dias na residência. Além disso, ele também buscava a criança na escola com frequência e ficava alguns momentos a sós com ela.
No último dia 26 de abril, a vítima, que tem dificuldades em falar e se expressar, chegou em casa chorando e reclamando de dores nas partes íntimas. Ao checar a menina, a mãe percebeu machucados que indicavam que ela havia sido estuprada.
A mulher procurou imediatamente uma delegacia e denunciou o caso. A princípio, o registro foi feito na Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai), pois a suspeita era que o abuso tivesse acontecido dentro da escola e pudesse ter sido praticado por algum colega da menina.
Porém, no decorrer das investigações essa hipótese foi descartada porque a garota conseguiu apontar quem foi o autor do abuso.
“No trabalho da equipe de psicólogas da especializada, nós conseguimos que a criança verbalizasse e apontasse a autoria do crime, indicando o padrasto. Nesse sentido, foi verificado também que a criança ficava bastante constrangida na presença da genitora, que faz um esforço enorme para que a gente acredite que esse abuso aconteceu no interior da escola e não dentro de casa ou a caminho de casa”, destaca a delegada.
Para Joyce, a mãe prefere não acreditar que o namorado foi capaz de cometer o crime, mas todas as evidências apontam para ele. A delegada afirma que no dia do crime, foi o homem quem buscou a criança e na escuta especializada, ela o acusou diretamente.
A partir daí, a polícia pediu a prisão temporária do padrasto e continua com as investigações para saber se essa foi a primeira vez que o estupro ocorreu. Vale destacar que além da vítima, a mulher tem outra filha mais velha, mas não há, até o momento, indícios de que ele tenha violentado a outra irmã.
Sobre as investigações na escola, a delegada ressalta ainda que chegou a ouvir gestores, professores e outras pessoas da instituição e teve acesso a todo o sistema de segurança para descartar que a menina tenha sofrido o abuso no local.
A vítima segue sob o acompanhamento psicológico pois apresenta sinais de traumas: “A partir do abuso, a criança apresentou regressões de comportamento, a criança apresenta choros compulsivos e tudo isso em decorrência do estupro”, afirma Joyce.
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