Ao descobrir que a sobrinha de 12 anos estava grávida depois de ser estuprada, a tia da garota tentou por diversas vezes provocar um aborto na vítima dando remédios caseiros para ela. O autor dos estupros era marido da mulher. A audiência de interrogatório do casal está marcada para o dia 20 deste mês.
Consta nos autos, que a mãe da vítima morreu quando ela tinha 9 anos e, com isso, passou a morar com a avó materna e o avô, em uma cidade de Mato Grosso do Sul. Sendo que passado algum tempo, mudaram-se para a cidade de Bauru, em São Paulo, mas retornaram quando ela completou 12 anos.
Já em Mato Grosso do Sul, ela passou a morar com a família de sua tia materna, e com os dois primos, filhos do casal. Durante este tempo, quando a sua tia se ausentava, o autor a estuprava. Quando desconfiou que estava grávida já que a menstruação estava atrasada, a menina contou para avó sobre os estupros, que contou a tia da criança.
A tia não acreditou e ainda teria dito que a sobrinha teria deixado o marido abusar dela, mas que ela os perdoavam. A menina, então, foi morar com avó e nesse tempo, a tuia ia visitá-la com frequência e dava remédios caseiros para que a adolescente abortasse o feto. Mas, em uma dessas ocasiões, a garota passou mal e foi levada para um hospital onde se confirmou a gravidez.
Foram expedidas medidas protetivas contra os tios, que não obedeceram às ordens e visitavam a menina fazendo ameaças para que ela retirasse a medida judicial. Além disso, nessas oportunidades, os tios coagiam a vítima a modificar sua versão dos fatos e retirar as medidas protetivas de afastamento, sob o argumento de que, caso o tio fosse preso pelos abusos, os familiares ficariam contra ela e lhe tomariam a bebê.
Eles tiveram a prisão preventiva decretada e uma audiência de interrogatório dos réus, foi marcada para o dia 20 de outubro deste ano.
A audiência de interrogatório do casal está marcada para o dia 20 deste mês.