Nesta segunda-feira (16/1), a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) prendeu o anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo, de 32 anos, por estuprar pelo menos duas pacientes sedadas durante cirurgias.
O caso é semelhante ao do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, que foi flagrado estuprando uma paciente no momento que ela estava dando a luz cujo. O julgamento de Quintela já começou.
A Justiça expediu o mandado de prisão provisória e busca e apreensão contra Andres por estupro de vulnerável. O anestesista ainda é investigado por produzir e armazenar pornografia infantil em um inquérito remetido para a Vara Especializada em Crimes contra Criança e Adolescentes — a partir do qual a polícia descobriu os abusos.
Andres Eduardo estava legal no Brasil e com a documentação em dia, ele atuava tanto em hospitais públicos quanto particulares. Ele foi preso na Barra da Tijuca, na própria residência. Quando a equipe da polícia chegou ao local a mulher do médico abriu a porta para os policiais, que acordaram Andres ao lhe dar voz de prisão.
Andres confessou ter estuprado pacientes sedadas e gravado os crimes. O anestesista afirmou em depoimento às autoridades que “aguardava a melhor hora e aproveitava” para cometer os crimes, e que agiu sozinho nos casos de estupro.
O médico afirma que nunca chegou a abusar sexualmente de crianças, mas “satisfaz sua libido vendo imagens e vídeos tanto de meninos quanto meninas”, confessando o crime de armazenamento de pornografia infantil. O anestesista ainda afirmou que “não sabe precisar o motivo pelo qual nutriu dentro de si a compulsão em ver e armazenar pornografia infantojuvenil”.
Em nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou que os agentes constataram que o médico mantinha armazenado mais de 20 mil arquivos contendo imagens de abuso sexual envolvendo crianças a adolescentes. A análise do material chamou atenção pela gravidade e quantidade de arquivos, que incluíam até bebês com menos de um ano de vida.