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1 ano atrásno
No início da tarde desta quinta-feira (10), aconteceu uma coletiva de imprensa na Delegacia Geral de Manaus, localizado no bairro Dom Pedro com informações detalhadas sobre o Caso Débora, na terceira fase da Operação Hela.
Segundo a delegada Déborah Barreiros, delegada adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), esse feminicídio da Débora da Silva Alves (18) foi a história que mais a chocou em 10 anos de Polícia e que agora conseguiram entender tudo o que aconteceu naquela noite na Usina.
De acordo com as investigações da Polícia Civil do Amazonas, era usual que eles (Romero e Nego) fossem à esse galpão e costumavam a dar uma ponta pro vigilante para poderem entrar no local. No local existia uma terceira pessoa, que estava roubando cobre, mas que não teria envolvimento direto com o crime. Ambos Gil Romero e Nego, tiraram a responsabilidade do Noia/Doidinho da cena do crime.
A ideia inicial do Gil Romero foi atrair a jovem para a Usina, para supostamente tratar sobre a paternidade e por tabela “dar o fim nela”. Para essa missão ele pagou o Neguinho. Neguinho teria recebido R$ 500 para ajudar na morte e mais R$ 500 para voltar na segunda-feira e tirar o corpo da Débora do local.
Na hora que chegaram no local, Gil Romero teria discutido com a Débora e negado novamente que seria o pai do Arthur. Gil disse que estava cansado de ajudar a Débora e dizia que estava sendo extorquido por ela e por isso, decidiu matá-la. Eles então entram em uma discussão mais acalorada e bate nela dentro do carro e ela desfalece. Ele se dirige para o Neguinho e pergunta “Tu te garante?” E ele disse que foi quando o neguinho olhou pra ele e percebeu que tratava-se de uma mulher grávida.
Após o assassinato, o Nego foi embora e o Romero voltou para o trabalho. No trabalho, ele ficou inquieto e pensando que se encontrassem o corpo dela, com o bebê na barriga, ele seria o primeiro suspeito do crime. Foi então que ele pegou uma faca de pão no seu trabalho, voltou para a cena do crime, abriu a barriga da moça, extraiu a criança, pegou um saco de estopa que tinha um resto de entulho, tirou um pouco do entulho, colocou o feto misturado com os restos de obra, saiu da Usina com esse saco e colocou no porta malas do seu carro.
Na sequência, ele dá carona pro vigilante e mais lá na frente, em direção ao Porto do Ceasa, ele pega um mototáxi com a sacola para ir até o Porto. Chegando no Porto do Ceasa, ele pagou um catraieiro para atravessar para o Careiro. Já no meio do Rio, próximo ao Encontro das Águas, ele joga o saco que devido o peso dos entulhos afundou. Nessa hora o catraieiro pergunta o que ele havia jogado na água, e ele então afirma que era resto de obra. O catraeiro finge que acredita, recebe o pagamento da corrida e volta pra Manaus.
Após essa barbaridadade, Gil Romero foi pra casa dormir. Ele então ficou sabendo da busca pela Débora e decidiu ir embora de Manaus sem a família saber. Essa foi a versão que ele deu à polícia durante a acariação.
A Polícia disse que Ana Júlia foi inocentada todo o tempo que não sabia de absolutamente nada. Só sabia que ele disse à ela que teria cometido uma besteira e que precisaria se afastar por um tempo. Após ela acompanhar os noticiários, foi que viu do que se tratava.
A Polícia disse que ela não deverá ser presa por participação no crime.
Confira o vídeo :
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