A Justiça do Rio colocou em liberdade a jovem de 24 anos, que estava presa na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, e que acusou de estupro o agente penitenciário Alcides Barbosa de Abreu, no último sábado (09) . Segundo a polícia, o crime aconteceu poucas horas após a mulher dar entrada no presídio. De acordo com Justiça, a mulher ficará em liberdade provisória acautelada, “mediante compromisso de cumprimento de algumas medidas cautelares”.
A decisão para a soltura imediata da vítima foi do juiz Alex Quaresma Ravache, do Plantão Judiciário. De acordo com o magistrado, a jovem não poderá deixar a cidade sem autorização judicial. Além disso, a mulher deverá ir mensalmente a justiça para comprovar residência. Pouco depois das 19h o alvará de soltura chegou a cadeia e as 20h08 a mulher deixou o local.
A jovem foi detida no sábado após tentar entrar com 100 gramas de maconha, para o namorado, que cumpre medida socioeducativa no Unidade Dom Bosco do Degase, na Ilha do Governador. Por sua vez, o Tribunal de Justiça manteve a prisão do suspeito. Ele foi transferido da Cadeia Pública José Frederico Marques para Cadeia Pública Constantino Cokotós, em Niterói.
A informação foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária, na manhã desta segunda-feira. Segundo a Seap, Abreu confessou que fez sexo com a detenta. Preso em flagrante, o agente passou por uma audiência de custódia nesse domingo, segundo a secretaria.
De acordo com o boletim de ocorrência, Alcides era responsável pela entrada da vítima na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. Ele levou a jovem para o banheiro da triagem, obrigando a fazer sexo oral nele e outros atos de natureza sexual. O homem teria dito à presa que adiantaria a sua audiência de custódia em troca. Alcides Barbosa tem dois registros de ocorrência: um por agredir a mulher e outro por ameaçar o pai.
A Seap informou que uma policial penal feminina, que estava no plantão na unidade, ao tomar conhecimento do ocorrido, avisou a direção da unidade, que determinou a apresentação dos envolvidos na 21ª DP (Bonsucesso).
O delegado Hilton Alonso, titular da 21ª DP, distrital que vai investigar o caso, contou que o agente penitenciário se recusou a prestar depoimento “e disse que iria depor apenas em juízo”
“Mas, para o diretor (da Cadeia José Frederico Marques), em um depoimento preliminar, ele disse que foi (sexo) consensual. Mas, durante o depoimento na delegacia ele ficou calado. Foi colhido o material, o esperma na roupa e na máscara da menina. O material estava lá e não tem como negar”, disse Alonso.
Foto: Ilustrativa
Fonte: Ultimo segundo