Todos os dias, o cientista Tim Fiede, de 41 anos, embarca em um projeto importante para a humanidade: desenvolver uma vacina universal contra o veneno de cobras. No entanto, o pesquisador coloca sua própria vida em risco para se tornar imune, já que ao longo dos últimos 19 anos se submeteu diariamente às mordidas do animal propositalmente.
Tim Friede / Facebook
Em um vídeo, Friede aparece com a mão ensanguentada, trazendo explicações sobre os métodos que utiliza para desenvolver a pesquisa. “As minhas mãos estão inchadas o que significa que tenho veneno no corpo. Isto prova que a imunidade funciona”, disse após ser mordido.
Tim Friede tem canal no YouTube em que explica como é sentir na pele os efeitos de ser picado por cobras. Em um desses vídeos, depois de receber duas picadas rápidas de uma cobra mamba, ele fala para a câmera, ignorando o sangue escorrendo do braço.
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Friede explica que utilizou até mesmo uma cobra australiana Mamba-Negra, uma das mais venenosas do mundo, como objeto da sua pesquisa. O veneno dessa espécie pode levar uma pessoa à morte em vinte ou trinta minutos. “Quando você é mordido por uma, é como se tivesses levado com um martelo na cara”, explicou.
Especialistas, porém, desaconselham que pessoas tomem atitudes do tipo e lembram do risco que isso representa ao corpo humano. “Pesquisar antídotos para cobras requer uma compreensão de uma série de componentes tóxicos, geralmente o processo para fabricação dessas vacinas é feito com doses menores de veneno administradas em cavalos ou ovelhas”, explicou em entrevista ao jornal britânico Metro a especialista Rachel Courrier, da Universidade de Londres.
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