O Movimento Brasil Competitivo (MBC) solicitou a sanção do Projeto de Lei nº 153/2020, aprovado pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que promove a abertura do mercado do gás no Amazonas e contribui para baratear o custo do insumo e da energia elétrica em todo o país. Por meio de uma Carta Aberta enviada ao Governo amazonense, os diretores do MBC, Romeu Neto e Tatiana Ribeiro, afirmam que proposta é “de extrema importância para garantir a sobrevivência da indústria nacional” e dos empregos que ela gera.
O MBC é referência em políticas públicas de desenvolvimento econômico e competitividade no Brasil e foi convidado, ano passado, a participar do planejamento da reforma administrativa do Governo do Amazonas, para reduzir custos e otimizar o uso de recursos públicos. A pedido do governador Wilson Lima, o MBC também participou da fase de transição pouco antes de assumir o Governo, realizando estudos e sugerindo ações a serem adotadas na sua gestão.
Em carta aberta, MBC Movimento Brasil Competitivo pede urgência na sanção da Lei do Gás no Amazonas / Foto : Divulgação
Na Carta enviada na última quinta-feira ao Wilson Lima, o MBC afirma que “o país precisa, com urgência, voltar a crescer, a gerar empregos e renda” e para isso deve reduzir o chamado Custo Brasil, que são as despesas de produção e taxas que oneram o setor. Segundo o MBC, o Projeto de Lei nº 153/2020, adota as boas práticas regulatórias internacionais e vai contribuir “para reduzir o preço do gás natural, melhorar a competitividade da indústria amazonense e ampliar a capacidade do Estado em atrair novos empreendimentos e manter os atuais” diz a carta.
Segundo o MBC, ao baratear o gás natural reduz-se os custos da geração de energia elétrica que representa hoje 40% dos custos de uma produção. No caso do gás natural, a indústria brasileira paga hoje, na média, US$ 15 (15 dólares) por MMBtu. As indústrias da Argentina pagam um valor da ordem de US$ 5,0 por MMBtu. A média de preços de gás natural para consumidores industriais nos EUA em 2018 foi de US$ 3,89 por MMBtu.
Novas frentes econômicas
Em agosto do ano passado, Wilson Lima foi convidado pelo presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Jorge Gerdau, a participar do Congresso Brasil Competitivo, em São Paulo, onde defendeu o desenvolvimento sustentável e a busca a alternativas econômicas que possam fortalecer a Zona Franca de Manaus. “Se nós estamos pensando no futuro, temos que dar condições às pessoas. As ações que nós temos tomado são prova disso, dessa nossa preocupação com a preservação do meio ambiente, do desenvolvimento sustentável, da necessidade que a gente tem de avançar, fazer novas frentes econômicas, mover novas matrizes econômicas”, afirmou Lima no evento.
Em carta aberta, MBC Movimento Brasil Competitivo pede urgência na sanção da Lei do Gás no Amazonas / Foto : Divulgação