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Manaus, AM, terça, 05 de novembro de 2024

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Escritor, jornalista e cineasta, Márcio Souza morre aos 78 anos em Manaus

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O escritor, jornalista, cineasta e dramaturgo amazonense Márcio Souza morreu aos 78 anos, na madrugada desta segunda-feira (12/8) em Manaus. Segundo informações da família, o escritor passou mal na noite do domingo (11/8) e foi levado um Serviço de Pronto Atendimento (SPA) em Manaus.

Márcio Souza teria tido uma crise de diabete e, que se agravou evoluindo a uma parada respiratória.

O Governo do Amazonas emitiu nota lamentando a morte do escritor e decretou luto oficial de três dias, confira a nota:

NOTA DE PESAR

O governador Wilson Lima lamenta, com grande pesar, o falecimento do escritor amazonense Márcio Souza, nesta segunda-feira (12/08), e decreta luto oficial de três dias no estado. Também jornalista, dramaturgo e cineasta, Marcio Souza deixa um imenso e rico legado para a literatura brasileira, sendo um dos grandes nomes da Cultura do Amazonas e do Brasil.

Nascido em Manaus em 1946, estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP) e escreveu grandes obras literárias como Galvez, O Imperador do Acre; A Caligrafia de Deus; Lealdade, pelo qual recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 1997; e Mad Maria, seu livro de maior destaque e que deu origem à minissérie de mesmo nome, de Benedito Ruy Barbosa, produzida pela TV Globo em 2005.

Márcio Souza também teve destaque como cineasta e dirigiu o filme A Selva. Ele foi, ainda, professor assistente na Universidade de Berkeley e escritor residente nas universidades de Stanford, Austin e Dartmouth, além de ter sido diretor da Biblioteca Nacional e presidente da Funarte. Atualmente, atuava como diretor da Biblioteca Pública do Amazonas e ocupava a cadeira de nº 25 da Academia Amazonense de Letras.

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O governador Wilson Lima se solidariza à família e amigos do escritor e ressalta a importância que Marcio Souza teve para o estado, contando a história do Amazonas e da Amazônia para o mundo com imenso e singular brilhantismo.

O prefeito de Manaus, David Almeida, lamentou com profundo pesar a morte do dramaturgo e romancista Márcio Souza. “Recebi com muita tristeza a notícia do falecimento do escritor e dramaturgo amazonense. Márcio Souza foi referência na literatura, no cinema e teatro, nas artes em geral, deixando um grande legado de obras. Que Deus conforte o coração de familiares e amigos, na certeza do reencontro no retorno de Jesus Cristo”, disse o prefeito David Almeida.

Márcio Souza nasceu em Manaus (AM), em 4 de março de 1946. Estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP). O primeiro romance escrito por ele. data de 1976, “Galvez: imperador do Acre”. Foi autor de mais de 20 livros, dentre eles “História da Amazônia”, “Mad Maria” e “Amazônia Indígena”.

Ocupou também cargos públicos, como a presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte), órgão do governo federal, e do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), em Manaus.

Internautas usaram as redes sociais para lamentar sobre a morte do cineasta. Empresas como a editora Valer lamentou a morte do escritor, que foi acima de tudo um dos grandes intelectuais da Amazônia. Márcio Souza era uma das mais importantes vozes da moderna literatura brasileira.

“Para nós, da editora Valer, essa é uma notícia que nos pegou desprevenidos, porque sempre esperávamos mais obras de Márcio e, também, de desfrutar da sua companhia, dado que ele era um dos maiores conhecedores das Amazônias e um dos nossos maiores intelectuais, um grande conhecedor da literatura, do teatro e do cinema. Nós lamentamos profundamente a morte de Márcio Souza”, disse a coordenadora editorial da Valer, Neiza Teixeira.

Márcio Souza nasceu em Manaus, no ano de 1946. O amazonense era romancista, diretor de teatro e ópera. Estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo e escreveu críticas de cinema e artigos em diversos jornais e revistas brasileiras, como Senhor, Status, Folha de S. Paulo e A Crítica.

Como administrador, foi diretor de planejamento da Fundação Cultural do Amazonas, diretor da Biblioteca Nacional e presidente da Funarte.

Márcio também foi professor assistente na Universidade de Berkeley e escritor residente nas universidades de Stanford, Austin e Dartmouth. Como palestrante, foi convidado pela Universidad de San Marcos, Sorbonne, Toulouse, Aix-en-Provence, Heidelberg, Coimbra, Universidade Livre de Berlim, Harvard e Santiago de Compostela.

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Dirigiu o Teatro Experimental do Sesc (Tesc) do Amazonas, hoje extinto. O autor foi ainda presidente do Conselho Municipal de Política Cultural e se tornou membro da Academia Amazonense de Letras.

Também escreveu, dentre outras, as peças: As folias do látex, A paixão de Ajuricaba e Carnaval Rabelais, e os romances Mad Maria, Operação silêncio e O fim do Terceiro Mundo.

O velório de Márcio Souza começou às 17horas no Centro Cultural Palácio Rio Negro desta segunda-feira (12). O enterro será nesta terça, às 15h, no Cemitério São João Batista. Márcio como Teatro Experimental do Sesc (Tesc) do Amazonas.

Márcio Souza – Imagem: Divulgação

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