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2 anos atrásno
Um estudo elaborada ano passado por estudantes e professores do IEA (Instituto de Educação do Amazonas), identificou quais eram as formigas com maior predominância nas casas dos manauaras. O estudo foi identificado como “Diversidade de formigas (Hymenoptera, Formicidae) na região urbana de Manaus” e foi coordenado pela professora de ciências naturais Paula Holanda.
O estudo apontou que dentre as principais formigas estão saúva, jiquitaia, quenquém e também a formiga-de-cupim. Ao todo o grupo o coletou 80 formigas nas seis zonas da cidade. Os alunos usaram lupas para procurar os insetos dentro das moradias. Além disso, confeccionaram uma caixa entomológica com a exposição dos animais recolhidos. A pesquisa foi realizada entre julho e dezembro do ano passado.
“Primeiramente, os alunos foram indagados sobre a existência de formigas em suas residências. A partir desse momento, foi solicitado que fizessem a coleta das formigas encontradas por eles em suas casas. Além disso, outros professores que também trabalhavam na escola ajudaram na coleta. Após isso, as amostras foram levadas para o laboratório da escola, identificadas e catalogadas”, explicou Paula Holanda.
Por falar em formiga cupim, depois de serem divulgadas as fotos dos participantes do Concurso de Fotomicrografia Nikon Small World de 2022, a imagem de uma formiga feita pelo fotógrafo lituano, Eugenijus Kavaliauskas, chamou a atenção do público nas redes sociais.
O concurso, que chegou à sua 48ª edição, teve como objetivo enaltecer a arte da fotografia com microscópio, para fazer com que o artista registre nas fotos detalhes que o olho humano não seria capaz de ver. Cerca de 1.300 inscrições foram recebidas de 72 países no concurso deste ano, de acordo com a Nikon.
Segundo informações repercutidas pela CNN Brasil, o retrato da Camponotus, popularmente por formiga-de-cupim, feito pelo lituano foi considerado admirável e aterrorizante. A imagem mostra os detalhes do rosto da formiga cupim ampliado cinco vezes usando um microscópio. Na foto, a formiga está com olhos vermelhos e escuros, o que pode indicar que o ser estaria em um momento de fúria.
De acordo com o site de Kavaliauskas, antes de começar a fotografar insetos, o lituano se dedicava a registrar pássaros.
Para registrar a foto da formiga, Kavaliauskas usou a luz refletida para capturar o close-up, um plano em que a câmera está muito próxima do objeto, para conseguir uma imagem detalhada do inseto.
No entanto, mesmo com a repercussão, a foto de Kavaliauskas não conquistou o prêmio da competição. Ainda segundo a CNN, o prêmio foi dos fotógrafos suecos Grigorii Timin e Michel Milinkovitch. Eles registraram uma foto fluorescente da pata dianteira de um embrião de lagartixa de Madagascar.
Mesmo com aparência monstruosa da fotografia de Kavaliauskas, o diretor da organização científica Ant Network, Miles Maxcer, afirma que as formigas carpinteiras, inseto registrado pelo lituano, são extremamente fofas.
Além disso, essas formigas são importantes para ajudar no ciclo dos pulgões. Esses insetos produzem um líquido açucarado que é fonte de alimentação para as formigas, em troca, elas acabam protegendo os pulgões dos predadores.
De acordo com Maxcer, elas praticamente cuidam dos pulgões como os humanos criam gado, já que a fonte de alimento é importante.
O especialista ainda aponta que essas formigas são ótimas engenheiras e arquitetas. “O que as formigas fazem nos ecossistemas é muito abrangente”, completa Maxcer.
Em setembro foi informada outra novidade sobre as formigas. Pesquisadores de Okinawa, no Japão, formaram uma força-tarefa com diversos institutos ao redor do mundo com o objetivo de entender mais sobre a diversidade desses insetos, inclusive no Brasil.
O professor John Latteke, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), explicou sobre a distribuição das espécies de formiga na região neotropical (Américas Central e do Sul).
“Existem zonas no Brasil em que nossos conhecimentos são fracos”, explicou. “Por isso, há uma elevada probabilidade de encontrar novas espécies e, possivelmente, novos gêneros, como é o caso do norte da Mata Atlântica, da região oeste da Amazônia e o Plano-alto das Guianas, no norte do país.”
Por meio desse projeto, os cientistas conseguiram identificar um novo gênero de formiga, chamado de “Igaponera curiosa”. Mesmo que a espécie já fosse conhecida, notou-se que o exemplar possuia uma morfologia diferente da já conhecida.
O espécime foi coletado por pesquisadores alemães que estavam investigando as proximidades da cidade de Manaus. Agora, a expectativa é que mais amostras da formiga sejam localizadas para que outros estudos sejam feitos sobre esse gênero.
Em entrevista ao jornal O Globo, Latteke informou que a fauna de formigas no Brasil é mais conhecida quando as informações são comparadas com as encontradas em outros locais da América Tropical e do trópico em geral. No entanto, eles destacam que estamos apenas no começo dessas descobertas.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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