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Manaus, AM, sexta, 22 de novembro de 2024

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Ex-jogador de Várzea, Raphinha arrebentou na Arena da Amazônia!

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Na noite da última quinta-feira (14), o Brasil venceu o Uruguai por 4 a 1, na Arena da Amazônia em Manaus em partida válida pela 12ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo Qatar 2022.  Um dos destaques do jogo foi o atacante Raphinha que marcou dois gols. Aos 17 minutos, Raphinha marcou o segundo para o Brasil, ampliando o placar em Manaus.

Destaque pela seleção brasileira, Raphinha já superou ameaça de morte na várzea antes de chegar ao futebol profissional. E, hoje, se sente menos pressionado em grandes partidas pelo que já passou.

Se alguém saiu maior dessa data Fifa com a seleção brasileira, esse alguém é Raphinha. Nome que mudou o jogo na virada contra a Venezuela e autor de dois gols na vitória sobre o Uruguai, o atacante se tornou um dos novos ‘queridinhos’ da torcida.

Sua história, porém, foi de superação. Aliás, de rejeição, como o próprio já relatou em entrevista ao site The Players Tribune. Durante seu tempo no futebol de várzea, o jogador do Leeds United já sofreu até ameaça de morte.

“Enquanto estávamos no vestiário do time visitante antes de um jogo, uma galera batia na porta. Eu disse bater, mas, você sabe, eles quase destruíam a porta na base do soco, gritando tudo o que você possa imaginar”, disse.

NELSON ALMEIDA/AFP

“’Se ganharem o jogo, vamos matar vocês! Vocês nunca vão sair vivos daqui!’ Isso acontecia na várzea. O lugar dos rejeitados. Como eu”, completou.

Nas torcidas, Raphinha já sabia que a intimidação não passava de uma ameaça. Mas existia outro tipo de ‘persuasão’ adversária que deixava o time visitante com um pouco mais de ‘medo’.

“Ainda bem que as ameaças de morte eram só ameaças. Sabíamos que os torcedores das equipes mandantes só queriam nos intimidar. Mas, às vezes, dava para ver os donos da comunidade ao redor do campo com armas na mão”, afirmou.

“Quando nosso time atacava, dava para ouvir o disparo de tiros. Como marcar um gol desse jeito? E também tinha fogos a todo momento. Por isso que eu digo que se você consegue jogar na várzea, você joga em qualquer lugar”, completou.

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Para chegar no estágio da seleção, Raphinha passou por muita coisa (o que faz até que ele não se sinta pressionado em grandes momentos, segundo ele). Mas ele prefere não esquecer de onde veio.

“Uma grande final europeia? Não estou nem aí. Um estádio lotado com 90.000 pessoas? É disso que eu gosto. Tenho muito orgulho de ter disputado tantos campeonatos de várzea. Aproveitei cada segundo. Esses jogos me formaram para não eu não sentir a pressão. Quando eu estou jogando, eu quero ser vaiado. Eu preciso da pressão e da intimidação. São o meu combustível”, finalizou.

Jogador do Leeds United, da Inglaterra, Raphinha fez os primeiros gols vestindo a camisa da seleção brasileira
NELSON ALMEIDA/AFP

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