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5 anos atrásno
O dia em que o presidente Jair Bolsonaro comemorou o investimento de U$ 10 bilhões de dólares no Brasil, através do fundo soberano da Arábia Saudita, as notícias divulgadas pelo Jornal Nacional caíram como uma bomba no Palácio do Planalto. A TV Globo publicou reportagem que faz menção ao nome do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018.
A reportagem do Jornal Nacional mostrou a menção ao nome de Bolsonaro no processo que investiga a morte de Marielle Franco. A Polícia Civil do Rio de Janeiro teve acesso ao caderno de visitas do condomínio Vivendas da Barra, na Zona Oeste do Rio, onde têm casa o presidente e o ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado da morte da vereadora do PSOL. No dia 14 março de 2018, horas antes do crime, o ex-PM Élcio Queiroz, outro suspeito do crime, anunciou na portaria do condomínio que iria visitar Jair Bolsonaro e acabou indo até a casa de Lessa, segundo informações divulgadas pelo Jornal Nacional nesta terça-feira.
O Jornal, porém, disse que de acordo com registros da Câmara dos Deputados, o então deputado federal Jair Bolsonaro estava marcado como presente em Brasília no dia 14 de março de 2018 e que inclusive registrou presença em duas sessões na Câmara.
A reportagem deixou clara que as informações repassadas pelo porteiro se contradiziam com as informações da Casa Legislativa, mas que em duas ocasiões, o porteiro disse ter conversado com “o senhor Jair, da casa 58”, a mesma casa de Bolsonaro.
Bastante exaltado, o presidente Jair Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo no Facebook para falar sobre a reportagem da TV Globo que cita seu nome na investigação do caso Marielle Franco.
“O que cheira isso aqui, o que parece é que ou o porteiro mentiu, ou induziram o porteiro a cometer um falso testemunho, ou escreveram algo no inquérito que o porteiro não leu e assinou embaixo em confiança ao delegado, ou a quem que foi ouvir na portaria. Qual intenção disso tudo? A intenção é sempre a mesma. O tempo todo ficam em cima da minha vida, dos meus filhos. Segundo a reportagem, isso teria acontecido no dia 14 de março do ano passado, por volta das 17h10. A Rede Globo teve acesso ao processo, que corre em segredo de Justiça, e quem vazou isso para a televisão foi o senhor governador Witzel”.
“Isso é uma patifaria, TV Globo! TV Globo, isso é uma patifaria!”
“É uma canalhice o que vocês fazem. uma ca-na-lhi-ce, TV Globo. Uma canalhice fazer uma matéria dessas em um horário nobre, colocando sob suspeição que eu poderia ter participado da execução da Marielle Franco, do PSOL.”
“Temos uma conversa em 2022. Eu tenho que estar morto até lá. Porque o processo de renovação da concessão não vai ser perseguição, nem pra vocês nem para TV ou rádio nenhuma, mas o processo tem que estar enxuto, tem que estar legal. Não vai ter jeitinho pra vocês nem pra ninguém”.
“A Globo não fez patifaria nem canalhice. Fez, como sempre, jornalismo com seriedade e responsabilidade. Revelou a existência do depoimento do porteiro e das afirmações que ele fez. Mas ressaltou, com ênfase e por apuração própria, que as informações do porteiro se chocavam com um fato: a presença do então deputado Jair Bolsonaro em Brasília, naquele dia, com dois registros na lista de presença em votações.
O depoimento do porteiro, com ou sem contradição, é importante, porque diz respeito a um fato que ocorreu com um dos principais acusados, no dia do crime. Além disso, a mera citação do nome do presidente leva o Supremo Tribunal Federal a analisar a situação.
A Globo lamenta que o presidente revele não conhecer a missão do jornalismo de qualidade e use termos injustos para insultar aqueles que não fazem outra coisa senão informar com precisão o público brasileiro. Sobre a afirmação de que, em 2022, não perseguirá a Globo, mas só renovará a sua concessão se o processo estiver, nas palavras dele, enxuto, a Globo afirma que não poderia esperar dele outra atitude. Há 54 anos, a emissora jamais deixou de cumprir as suas obrigações”
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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