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Manaus, AM, quinta, 21 de novembro de 2024

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Grupo no Facebook “Baile no Aurora” e “Ilha da Macacada” compartilham vídeo intimo de criança

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Grupo no Facebook "Baile no Aurora" e "Ilha da Macacada" compartilham vídeo intimo de criança

Um vídeo feito por celular, mostra uma garota, de aparentemente 12 anos, nua, dançando funk em um banheiro. O vídeo em alguns segundos ganhou distribuição em massa através do Facebook, no grupo “Baile no Aurora” e a “Ilha da Macacada – Aberta“. Grupos repletos de usuários ativos e disponíveis para compartilhar todo tipo de conteúdo.

De acordo com o proprietário do grupo no Facebook , Ilha da Macacada – Aberta, Samuel Rehbein, todos os usuários que estão compartilhando esse tipo de conteúdo estão sendo imediatamente banidos e os posts removidos. Infelizmente, são apenas 31 moderadores voluntários que se revezam 24h por dia para cuidar de quase 1, 5 milhão de integrantes. Rehbein lamenta muito o ocorrido e alerta que o grupo da Ilha da Macacada foi criada em 2013 com o intuito de unir o público gamer e não disseminar conteúdos desse gênero.

“Abolimos todo o tipo de preconceito e conteúdo +18 no grupo e sempre buscamos atender ainda mais as necessidades do grupo quanto a convívio, queremos o melhor para os frequentadores da nossa timeline. Infelizmente, nesse breve escopo entre a postagem fora das regras surgir e um staff apagar, as pessoas acabam presenciando o conteúdo da postagem e tiram uma conclusão equivocada do grupo. Gostaria de salientar que estamos tendo trabalho redobrado nesse momento pra poder oprimir totalmente o compartilhamento desse vídeo em específico e não iremos parar até que isso termine por completo. A Ilha sempre teve regras de convívio justamente pra inibir comportamentos como esse. É simples: quem desrespeita uma regra é banido e a postagem/compartilhamento/comentário que causou seu banimento é deletado automaticamente. Tenho certeza que os responsáveis pelo Baile do Aurora também estão fazendo o mesmo.” comentou Samuel.

Para Matheus , um dos responsáveis  do grupo “Baile no Aurora”, lamentou que um episódio como esse tenha manchado a honra de um grupo com quase meio milhão de participantes. De acordo com o Matheus, o grupo foi criado para um baile que iria ter em São Paulo, mas o grupo teve continuação e virou um grupo de entretenimento, porém ao longo desses 2 últimos anos, o grupo teve mais acessos a pessoas que procuram sempre fazer maldades e bangunça. Algumas dessas pessoas acabaram entrando no grupo e se tornou um grupo de divulgação de videos pornográficos, lives de danças de funk, entre outros tipos de conteúdo.

Matheus disse também que o grupo não possui moderadores, e por isso, é impossível para eles, enquanto “Baile no Aurora” tomar qualquer atitude em relação ao conteúdo compartilhado por seus membros.

Quem compartilha mensagens de teor sexual sobre crianças e adolescentes nas redes sociais -e não apenas quem as pública- pode estar cometendo crime.

Para a advogada Alessandra Borelli, diretora da Nethics (escola de educação digital), não é só o responsável pela mensagem que comete crime: “Quem compartilha os conteúdos pode ser responsabilizado, assim como quem fizer um comentário”, diz.

A Polícia Federal deverá apurar o caso.

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Grupo no Facebook "Baile no Aurora" e "Ilha da Macacada" compartilham vídeo intimo de criança / Divulgação

Grupo no Facebook “Baile no Aurora” e “Ilha da Macacada” compartilham vídeo intimo de criança / Divulgação

Se encontrada, a pessoa pode ser responsabilizada criminalmente”, diz o desembargador Antônio Carlos Malheiros, do Tribunal de Justiça de São Paulo, ex-coordenador de Infância e Juventude da corte. Borelli recomenda que se evite compartilhar as mensagens, mesmo que para condená-las.

“Quanto mais a gente dissemina o conteúdo, maior o prejuízo da vítima.”

É o mesmo conselho que dá Rodrigo Nejm, diretor de educação da ONG Safernet, que recebe denúncias de crimes on-line. Só no ano passado, foram 51.553 registros sobre pornografia infantil.

“Há um contexto da erotização precoce, que privilegia o corpo das chamadas ‘novinhas’, termo que está ficando bem famoso. Há estudos americanos que falam em pedofilização da sociedade, a hipervalorização do desejo sexual pelo corpo jovem.” As redes sociais só podem ser responsabilizadas se não tirarem do ar algum conteúdo cuja remoção tenha sido ordenada pela Justiça ou se não repassarem as informações necessárias sobre os autores no período determinado pela lei.

Procurado, o Facebook disse vetar conteúdo de assédio e violência sexual, principalmente contra menores.

 

Em alguns casos, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) prevê pena de até três anos de reclusão para quem tentar aliciar, assediar ou constranger uma criança (até 11 anos) a praticar ato libidinoso.

COMO DENUNCIAR

Como faço para denunciar? A melhor forma é pelo site da SaferNet; denuncie. Org. Br. Ele filtra e encaminha casos para autoridades. Redes sociais como Facebook e Twitter também têm botões para denunciar abusos

Como proteger meus filhos?

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A SaferNet recomenda monitorar a atividade das crianças na internet. Também é fundamental educá-las sobre até que ponto podem conversar com estranhos

O que fazer se for vítima de assédio digital?

O ideal é preservar as provas, como tirar prints dos comentários e guardar os endereços dos sites da internet onde eles foram feitos

Qual é a idade mínima para participar das redes sociais?

No Facebook, Instagram, Twitter e Snapchat é de 13 anos.

O limite do YouTube é de 18, mas adolescentes de 13 a 17 podem se cadastrar com permissão dos pais

O crime é só publicar mensagens de cunho sexual contra crianças?

Postar ou compartilhar textos desse teor pode ser considerado incitação à violência ou crime contra a honra.

O ECA prevê até três anos de reclusão para casos de assédio e aliciamento

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Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.

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