O ex-governador do Amazonas José Melo e a ex-primeira dama Edilene Oliveira alegam desconfortos físicos e psicológicos e pedem retirada da tornozeleira à Justiça. Eles ainda pedem a devolução dos bens apreendidos na operação da Polícia Federal.
Os pedidos foram feitos na última segunda-feira (29) à Justiça do Amazonas pelo advogado do casal. O documento cita “extremo desconforto físico e psicológico aos réus, que são idosos e que teriam ficado escravos do equipamento, temendo que as baterias descarreguem e o mesmo possa ser tido como violador do equipamento”.
O uso das tornozeleiras foi imposto pela Justiça Federal em 2019 em substituição à prisão preventiva do casal na terceira fase da “Operação Maus Caminhos” que apontou desvio de recursos da Saúde do Amazonas.
Porém, desde o último dia 15 deste mês, a ação penal passou a tramitar na esfera estadual. E os pedidos de abrandamento das medidas cautelares foram feitos na 5ª vara criminal da comarca de Manaus.
Nesse novo pedido, José Melo também tenta uma redução da fiança que foi estipulada em 200 salários mínimos para 20 salários mínimos. Cita inclusive benefício já concedido ao médico Mohamed Mustafa, preso na mesma operação e teve reduzido o valor da fiança de 300 salários mínimos para 30 salários.
O advogado destaca ainda na petição, a reduzida capacidade financeira de José Melo. Melo continua recebendo salário de R$ 34 mil por mês como pensão por ter sido governador.