Daniele Lyra Nattrodt Barros, de 38 anos, foi encontrada morta em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, após passar ao menos um dia desaparecida. A localização da esteticista foi apontada pelo advogado de seu namorado, que compareceu à delegacia na tarde de quinta-feira, e indicou que o corpo estava dentro do carro de seu cliente. Mario Yang, de 45, é o principal suspeito pelo crime. Segundo a família da vítima, Daniele queria romper o relacionamento de cerca de 4 anos, e chegou a ser mantida em cárcere privado pelo companheiro antes de ser assassinada.
— Ele esquartejou a minha afilhada. O corpo está irreconhecível. No IML, a família nem pôde ver, reconhecemos apenas por foto de uma das tatuagens dela. Esse ser humano, se é que podemos chamar assim, está solto enquanto a família está destruída — disse a madrinha de Daniele, que não quis se identificar.
Daniele e Mario moravam juntos em um apartamento na Penha, na Zona Norte do Rio, desde que começaram o namoro. Há cerca de uma semana, no entanto, a mãe de Daniele passou a estranhar o comportamento da filha e as mensagens que recebia dela. No dia 6, Daniele parou de responder, foi quando a mãe resolveu registrar o desaparecimento.
Daniele Lyra Nattrodt Barros, 38 anos, foi encontrada morta dentro do carro do namorado, Mario Yang, 45.
— A mãe dela começou a estranhar o comportamento, dizia que as mensagens não pareciam ser dela há uns dias. Até que no dia 6, procurou a delegacia para dar parte do desaparecimento, já que ela não respondia mais — lembra a madrinha.
O corpo de Daniele foi encontrado, segundo a polícia, em Bonsucesso. A localização foi apontada pelo advogado de Mario, que compareceu à Delegacia de Homicídios da Capital por volta das 17h de quinta-feira.
— Desde ontem, a mãe dela está dopada. Quando o efeito do remédio começa a passar, ela só consegue gritar. O pai da Daniele mora fora e ainda não conseguiu voltar para o país. Estão todos destruídos, péssimos. É um absurdo esse infeliz estar solto — lamenta a madrinha.
Segundo a Polícia Civil, o desaparecimento de Daniele havia sido registrado na 30ª DP (Marechal Hermes) e vinha sendo investigado. A Delegacia de Homicídios da Capital realiza diligências para localizar o autor.
Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) apontam que o estado do Rio teve 88 casos de feminicídio registrados entre janeiro e outubro deste ano, número que supera todo o ano de 2021, quando 85 casos foram foram notificados.
Daniele Lyra Nattrodt Barros / Foto : Divulgação