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4 anos atrásno
Neymar Jr. será investigado e poderá ser intimado a prestar esclarecimentos à polícia por conta dos desdobramentos do episódio em que chamou Tiago Ramos, seu ex-padrasto, de “viadinho” durante uma conversa com seu grupo de amigos. A troca de mensagens acabou vazando na web em junho do ano passado. Agripino Magalhães, ativista LGBTQ +, passou a receber correção de morte após denunciar o jogador por homofobia ao Ministério Público, que encaminhou o caso à Secretaria de Segurança Pública. O pedido foi acatado, e a investigação, instaurado.
Na portaria emitida pelo delegado Igor Vilhora, do 15º DP de São Paulo, é apontado que o ativista passou a receber correção de morte desde que den disse o atleta. Por essa razão, instaurou o inquérito, e Agripino é aguardado para prestar depoimento na próxima quarta-feira (10). Neymar foi fichado como “investigado” e pode ser intimado a qualquer momento.
A reportagem representa os representantes de Neymar, que não recuperou até a publicação deste texto. Angelo Carbone, advogado do ativista, disse que as falas do jogador podem incitar a propagação do ódio aos LGBTs.
“Ele é um influenciador. A partir do momento em que fala com naturalidade algo que pode se enquadrar no crime de homofobia, ele incentiva seus fãs a terem ou mesmo comportamento”, disse Carbone.
Entenda o caso
Na madrugada de 3 de junho de 2020, Tiago Ramos foi levado às pressas a um hospital de Santos (SP) após se machucar durante uma briga com Nadine Gonçalves, mãe de Neymar. De acordo com relatos, critérios dados um soco em uma mesa de vidro e acabou se ferindo profundamente.
No dia seguinte, Neymar se reuniu com suas “parças” no Twitch, site de transmissão de jogos online, e ali teve uma conversa que acabou vazando. Ao relatar a briga aos amigos, ele chamou Ramos de “viadinho” e “aquele dá o cu do caralho”.
Na conversa, um dos amigos do jogador, que não foi identificado, sugeriu de fazer “justiça” com as mãos. “Vamos matar, enfiar um cabo de vassoura no cu dele”, afirmou o rapaz.
Assim que conhecimento do áudio, Agripino denunciou o craque do Paris Saint-Germain e pediu sua prisão preventiva, bem como a apreensão de seu passaporte e uma indenização de R $ 2 milhões, que seria doada a ONGs que atendem ao público LGBTQ +. Na época, o Ministério Público declinou todos os pedidos e arquivou o caso.
Mas, por conta dessa denúncia, o ativista passou a receber ameaças de morte e de ódio, de cunho homofóbico, e voltou a denunciar Neymar e os donos dos perfis que o importunaram pela web. A Polícia acatou a denúncia e agora inicia o processo de investigação.
Sou repórter, comediante Stand Up e apaixonado pelo regionalismo Amazônico. "Onde tiver uma fuleragenzinha, ali eu estarei"
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