Publicado
3 anos atrásno
Por
Jussara Melo
Um acidente envolvendo um ônibus na Rodovia Central, no Peru, deixou 34 mortos. Ao todo, 68 pessoas estavam no veículo. Segundo atualização do Ministério da Saúde, divulgada na tarde desta quarta-feira, 21 delas ainda estão internadas em hospitais. Quatro são crianças com idades entre 2 e 9 anos.
A ocorrência na madrugada desta terça-feira pode ter sido causada pelo excesso de velocidade no qual trafegava o veículo, quase o triplo do permitido. De acordo com a Superintendência de Transporte Terrestre de Pessoas, Cargas e Mercadorias (Sutran), dados de GPS apontaram que o motorista dirigia a 94 km/h em um trecho onde a velocidade máxima é de 35 km/h. Autoridades acreditam que ele perdeu o controle do veículo e então capotou no quilômetro 72 da estrada, próximo do distrito de Matucana.
Após o relatório da Sutran, o Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC) decidiu suspender a autorização para que a empresa León Express faça o transporte de pessoas e realize a rota pela Rodovia Central. O veículo envolvido no acidente estava com toda a documentação em dia e tinha autorização para realizar a viagem.
As famílias reclamam também que não receberam apoio da empresa León Express, apesar da companhia ter informado em comunicado que estava em contato com elas. Betty Norbel, que perdeu o irmão, o sobrinho e a namorada dele no acidente foi uma das que se queixou do contato inexistente.
— A empresa tem que assumir responsabilidades. Precisamos muito do apoio, a família toda fica prejudicada. Espero que a empresa assuma, pelo menos, as despesas com o enterro — disse em entrevista à rádio RPP.
A medida que as vítimas são identificadas, histórias comoventes são divulgadas na imprensa local. Uma das pessoas que não sobreviveu tinha apenas 23 anos e estava prestes a se casar. De acordo com o jornal El Comercio, Yaneth Sandoval Pérez viajava para Lima com o objetivo de comprar o vestido da cerimônia e as alianças.
Roberto Estacio Gallardo viajava duas vezes por mês a Huánuco para encontrar os pais. Costumava ir sozinho, mas dessa vez decidiu levar a mulher e os três filhos porque o pai dele estava doente. Toda a família morreu no acidente.
— Eles estavam juntos há dois anos e voltavam de 15 dias de férias. Formavam um lindo casal e passavam a maior parte do tempo juntos quando ele não estava trabalhando. Partiram juntos para a eternidade — lamentou a tia de Yudmer, Viviana Abad, em entrevista ao portal Peru 21.
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