Na noite da última terça-feira (12/4), cansado de uma espera de mais de 15 horas, um pai retirou o corpo do próprio filho bebê de dentro do necrotério, localizado no Hospital Municipal José Mendes, no município de Itacoatiara, localizado no interior do Amazonas, distante 250 km de Manaus.
O pai do recém-nascido, Hayzon Gustavo Castro Marques, de apenas sete dias de vida, retirou o corpo do filho do necrotério em Itacoatiara, após mais de 16 horas de espera para liberação. De acordo com informações, o corpo do bebê ainda seria conduzido para o Instituto Médico Legal (IML), em Manaus, para investigação sobre a causa da morte.
Após invadir o necrotério, o homem ficou carregando o corpo do filho por cerca de uma hora, até que um vereador do município chegou ao local e convenceu o pai, juntamente com funcionários do hospital, a devolver o bebê falecido ao necrotério.
Segundo informações, a demora se deu pois a unidade hospitalar só havia solicitado a presença do necrotério as 19h. Com toda a repercussão do caso, o hospital então liberou o corpo a uma funerária que realizou o translado do bebê até Manaus, para que fosse submetido a exames de necrópsia. O resultado da perícia apontou que o recém-nascido teve morte súbita.
Pai invade necrotério e retira corpo de filho bebê após 16 horas de espera, confira o vídeo – Imagem: Divulgação
Morte súbita em bebês
A morte súbita do recém-nascido ou Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL) é a morte súbita e inesperada, durante o sono, mais comum em crianças entre o segundo e o quarto mês de vida. Não existe previamente nenhum sinal consistente indicando que o bebê está em risco de vida.
Entenda o caso:
O bebê foi encontrado morto pela mãe por volta das 6 horas da manhã de terça-feira, na rua Rio Arari, no bairro Mamoud Amed, no município de Itacoatiara. De acordo com relatos de testemunhas, logo que acordou a mãe percebeu que o bebê não estava vivo, ela então entrou em estado de negação e não aceitava que ninguém tocassem na criança. Populares contaram ainda que a mulher, desesperada, gritava e chorava agarrada ao corpinho do bebê, que tinha somente 4 dias de nascido.
Ao encontrarem o bebê morto, os pais da criança tiveram que fazer os procedimentos cabíveis e acionaram a Polícia Civil e o Instituto Médico Legal – IML.