Publicado
11 meses atrásno
Por
Jussara Melo
Uma tragédia chocou a cidade de Niterói, Rio de Janeiro, quando Ilias Olachegoun Adeniyi Adjafo, natural do Benim, foi preso por matar brutalmente a própria filha de 8 anos, Alyssah, dentro de casa, localizada na comunidade Boa Vista, em São Lourenço, Niterói. O crime aconteceu no final da noite da última segunda-feira (11/12).
De acordo com a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, Ilias torturou Aoulath Alyssah Rodrigues Damala durante uma surra de cinto. A perícia revelou que a pequena Alyssah apresentava inúmeras lesões provocadas por ação contundente nas costas, no tórax, nos braços e na face.
Investigações apontam que Alyssah teria levado um objeto de uma coleguinha da escola para casa, o que motivou a punição severa do pai ao saber do ocorrido pela professora da menina. Ilias justificou as agressões como uma tentativa de correção.
A prisão de Ilias foi realizada e, segundo um advogado que o acompanhava, o beninês “não soube controlar a raiva”. O pai, arrependido, em estado de choque chorava muito ao ser detido.
Até o fechamento desta reportagem, Ilias permanecia detido na Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo. A família é originária do Benim, mas Alyssah, nasceu no Brasil, vivia apenas com o pai.
A comunidade local está abalada com a tragédia, enquanto as autoridades investigam os detalhes do ocorrido e o histórico de violência que levou a esse desfecho trágico.
A Prefeitura de Niterói emitiu nota sobre o falecimento da pequena Alyssah, além de informar que está oferecendo apoio e acolhimento, através de equipes das secretarias de Educação e Direitos Humanos e Cidadania, e da Coordenadoria de Políticas e Direitos das Mulheres (Codim), à mãe e a uma tia da menina Aoulath Alyssah.
Ela era aluna da rede municipal de ensino de Niterói, e a comunidade escolar, impactada pela tragédia, também recebe atenção de profissionais da Educação.
A lei nº 13.010, mais conhecida como Lei da Palmada ou Lei Menino Bernardo e sancionada no dia 26 de junho de 2014, alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente para estabelecer o direito da criança e do adolescente de serem educados sem o uso de castigos físicos, de tratamento cruel ou degradante.
A legislação representa um avanço do Brasil para estimular a educação de crianças e adolescentes sem o uso de violência. Além disso, a Lei Menino Bernardo determina a capacitação adequada de profissionais que atuam no atendimento a crianças e adolescentes, para que eles atuem de forma eficaz na prevenção, identificação e enfrentamento de todas as formas de violência.
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