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2 anos atrásno
Neste sábado saiu a confirmação que os corpos recolhidos pela Polícia Federal após o apontamento de um dos envolvimentos, de fato eram do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. Ontem a perícia já havia confirmado que um dos corpos era do Dom, e hoje, saiu a confirmação que o outro era do Bruno.
O exame, realizado pelos peritos da PF, indica que a morte de Dom foi causada por “traumatismo toracoabdominal por disparo de arma de fogo com munição típica de caça, com múltiplos balins [chumbinhos presentes em cartuchos de espingarda], ocasionando lesões principalmente sediadas na região abdominal e torácica”.
Segundo a perícia, ele foi atingido por um tiro.
Já a morte de Bruno Pereira, segundo a PF, foi “causada por traumatismo toracoabdominal e craniano por disparos de arma de fogo com munição típica de caça, com múltiplos balins”.
A PF diz ainda que, segundo a perícia, o indigenista foi atingido por dois tiros no tórax/abdômen e um outro tiro na face/crânio.
Neste sábado, a Polícia Federal prendeu mais um suspeito de ter participado do assassinato dos dois. Jefferson da Silva Lima, que tem o apelido de Pelado da Dinha, é o terceiro investigado preso no caso.
Segundo a PF, Jefferson se encontrava foragido e se entregou na Delegacia de Polícia de Atalaia do Norte. Ele será interrogado e encaminhado para audiência de custódia.
Dois homens já estavam detidos pela morte de Bruno e Dom: Amarildo Oliveira, conhecido como Pelado, e o irmão dele, Oseney Oliveira, o Dos Santos.
Pelado prestou depoimento na terça (14) e confessou ter participado da morte do indigenista e do jornalista, de acordo com a polícia. No diante seguinte, ele levou os investigadores ao local do crime. Dois corpos foram localizados na região.
Sobre os depoimentos até aqui, a Folha apurou que Pelado mudou sua versão dos fatos. Em um primeiro momento, ele apontou duas pessoas como autoras do assassinato e disse ter participado da ocultação dos cadáveres. Agora, afirma que ele também realizou os disparos contra Bruno e Dom.
Nesse segundo depoimento, Pelado afirmou ter se juntado a Jefferson, com quem seguiu o barco da dupla e deu tiros de espingarda.
Fontes ouvidas pela reportagem dizem que a confissão só foi feita por Pelado. Dos Santos disse não ter participação no assassinato. Pelado também nega que seu irmão tenha agido no caso.
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