Pré-eclâmpsia com síndrome HELLP, conheça as complicações da gravidez de Lexa que desencadearam no parto prematuro

Nesta segunda-feira (10/2) a cantora Lexa anunciou a morte da primogênita, Sofia, que ocorreu no dia 5 de fevereiro. Lexa deu a luz no dia (2/2), durante um parto prematuro, em consequência de um quadro de pré-eclâmpsia e síndrome de Hellp.

“Foram 25 semanas e quatro dias de um gestação muuuito desejada! Uma pré-eclâmpsia precoce com síndrome de Hellp, 17 dias de internação, Clexane, mais de 100 tubos de sangue na semi-intensiva e três na UTI sulfatando e lutando pelas nossas vidas, minha filha”, disse Lexa, em um comunicado nas redes sociais.

Caso de Lexa era grave !

A pré-eclâmpsia é caracterizada pelo aumento da pressão arterial durante a gestação e pode ser identificada por sintomas como inchaço excessivo, dores de cabeça intensas e proteínas na urina. Nem sempre os sinais não aparecem de forma clara no início, quando detectada precocemente, a condição pode ser controlada com acompanhamento adequado.  Quando não é tratada adequadamente, pode progredir rapidamente, evoluindo para a síndrome de Hellp. O quadro é grave e compromete a função hepática e as plaquetas, podendo ser fatal.

A pré-eclâmpsia quanto a síndrome de Hellp são quadros graves da gestação, que ameaçam a vida da mãe e do bebê.

Imagem: Divulgação

Pré-eclâmpsia – Sintomas:

– A pré-eclâmpsia costuma se manifestar a partir da 20ª semana de gestação, sendo mais comum na reta final da gravidez.

• Dor de cabeça forte, pulsátil, que não desaparece com medicação
• Inchaço no rosto e nas mãos
• Ganho de peso de mais de um quilo em uma semana
• Dificuldade para respirar
• Náuseas ou vômitos
• Visão turva ou de pontos brilhantes
• Confusão
• Alterações da visão

O tratamento varia conforme a gravidade, mas geralmente inclui repouso e medicamentos para controle da pressão arterial. Induzir o parto prematuro também é uma estratégia usada quando o bebê entra em sofrimento fetal e aumenta o risco de óbito do feto.

A síndrome de Hellp

Além da hipertensão, a pré-eclâmpsia também pode afetar a função renal, hepática e reduzir as plaquetas sanguíneas, o que leva a complicações mais graves como a síndrome de Hellp.

A síndrome leva à destruição dos glóbulos vermelhos, aumento das enzimas hepáticas e baixa contagem de plaquetas. Como resultado, essa condição pode causar falência hepática e sangramentos, colocando em risco a vida da mãe e do bebê.

Entre os sinais que indicam risco de agravamento estão a dor abdominal no lado direito, alterações visuais, dor de cabeça persistente e aumento súbito de peso. Caso esses sintomas sejam identificados, a gestante deve procurar atendimento médico urgente.

Suporte, saúde mental e pré-natal

Além das intercorrências da doença sentidas fisicamente, a experiência de Lexa revela também o impacto emocional que ela pode causar. A cantora compartilhou com seus seguidores a luta pela vida de Sofia, que morreu três dias após o parto. Durante o período de internação, Lexa revelou as dificuldades enfrentadas e a esperança de salvar a filha.

Além da pressão alta e do inchaço súbito nas mãos, nos pés e no rosto, a gestante pode desenvolver dor abdominal, alterações na visão, náuseas e dores de cabeça.

Ela enfatiza que gestantes com fatores de risco, como hipertensão crônica, obesidade e diabetes, devem ter um acompanhamento ainda mais rigoroso. A identificação precoce pode evitar o agravamento do quadro e aumentar as chances de uma gestação saudável.

O pré-natal é importante para identificar a pré-eclâmpsia e outras doenças que possam afetar a gestante e o bebê, e é fundamental para evitar complicações graves, pois:

– Identifica a hipertensão arterial, diabetes, anemias e sífilis
– Detecta problemas fetais, como más formações
– Avalia a placenta
– Orienta sobre hábitos de vida e higiene
– Promove o bem-estar físico e emocional da gestante

Lexa agradece a médica dela

Lexa fez um post agradecendo a médica que cuidou dela no hospital onde esteve internada. A cantora ficou 15 dias internada na Unidade Semi-intensiva do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo, após uma pré-eclâmpsia precoce aos seis meses de gestação.

No stories, a mulher de Ricardo Vianna falou sobre a obstetra que a assistiu no hospital:  “Quero fazer um agradecimento especial para a minha obstetra que salvou a minha vida e me deu a oportunidade de conhecer a minha filha ainda com vida! Pude carregar minha filha, olhar pra ela, vê-la respirando…”

Foto – Reprodução