Ontem (05), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a “desafiar” os governadores a assumirem parte da responsabilidade pelo preço da gasolina, do etanol e do diesel no país e disse que se sente “fazendo papel de otário” ao bancar a proposta de zerar o ICMS. Isso porque trata-se de um tributo estadual do combustível nas refinarias. O objetivo seria forçar a queda do valor cobrado nos postos para que possa de fato chegar ao consumidor final.
Os governadores, porém, sabem que o ICMS é um modo do Governo arrecadar recursos, e por isso, eles não topariam baixar mais, pois o Estado precisa ter dinheiro para poder funcionar. Como nem Governo Federal e nem Governo Estadual entram no consenso. O preço do combustível no Brasil inteiro continua super alto.
Em tom de bravata, a ideia foi lançada anteontem pelo próprio Bolsonaro e levou a reações indignadas dos governadores. Segundo ele, se os entes federados toparem reduzir a zero o IMCS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o governo estaria disposto a derrubar os impostos federais. O impacto financeiro, no entanto, torna a proposta praticamente inviável.
O que o Presidente Bolsonaro omite, porém, é que zerar o ICMS, como proposto, teria impacto direto e agravante na segurança, salários e universidades. Óbvio, que o que ele disse é o tipo de provocação de uma pessoa que age por impulso e não consegue resolver nada.
Proposta de Bolsonaro de zerar imposto teria impacto na segurança, salários e universidades