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1 ano atrásno
Título assustador certo? Eu também senti isso ao ler que a cada três diagnósticos de câncer no Brasil, pelo menos um é de pele. A incidência do câncer não melanoma entre os brasileiros é tão alta que esse tipo de câncer é por vezes retirado das estatísticas quando a ideia é avaliar a incidência de outros tipos mais letais da doença. Mas afinal, que câncer é esse?
A diferença dos dois tipos é, basicamente, onde ele se instala. O câncer melanoma é mais agressivo porque surge nos melanócitos, as células produtoras de melanina, o pigmento que protege a pele dos efeitos nocivos da radiação do sol. Já o não-melanoma, que representa 95% dos casos de câncer de pele, se instala nas camadas mais superficiais da pele. Em ambos os casos, a observação da pessoa sobre alterações da pele é o principal fator de prevenção.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia criou a regrinha ABCDE para identificar os cânceres melanoma. A sigla é um acróstico para observação daquelas pintas ou manchinhas que aparecem e a gente precisa ficar de olho. Caso sejam assimétricas, com bordas irregulares, com variação de cor na mesma pinta, diâmetro maior de 6mm e apresentem evolução (mudanças) nas características anteriores, é bom marcar consulta com dermatologista.
Já os cânceres não-melanoma se parecem mais com pequenos ferimentos da pele, como lesões rosadas ou vermelhas que demoram a sarar ou crescem devagar; ou manchas e pintas que coçam, sangram, mudam de cor, espessura ou tamanho com o passar do tempo.
O câncer de pele melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Em pessoas de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés. Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, o melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão.
É o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos). O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom se detectado em sua fase inicial.
Nos últimos anos, houve grande melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma, principalmente devido à detecção precoce do tumor e à introdução dos novos medicamentos imunoterápicos.
Estimativa de novos casos no Brasil: 8.450, sendo 4.200 homens e 4.250 mulheres (2020 – INCA)
Número de mortes no Brasil: 1.978, sendo 1.159 homens e 819 mulheres (2019 – Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM).
O câncer de pele não melanoma, mais comum no Brasil, tem alta chance de cura, desde que seja detectado e tratado precocemente. Entre os tumores de pele, o não melanoma é o mais frequente e de menor mortalidade, mas pode deixar mutilações bastante expressivas se não for tratado adequadamente.
Estimativa de novos casos no Brasil: 176.930, sendo 83.770 homens e 93.160 mulheres (2020 – INCA)
Número de mortes no Brasil: 2.616, sendo 1.488 homens e 1.128 mulheres (2019 – Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM).
O câncer de pele não melanoma apresenta tumores de diferentes tipos. Os mais frequentes são:
Deve-se suspeitar de qualquer mudança persistente na pele. Ao identificar lesões suspeitas, um especialista deve ser procurado para confirmação do diagnóstico e tratamento. Quanto mais precoce for sua identificação, melhores serão os resultados do tratamento.
Caso apareça essas características, o melhor é procurar sem demora um médico especialista. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos de câncer de pele no geral. A maioria tem relação direta com a exposição a raios solares danosos – o que num país tropical, litorâneo e agrícola como o Brasil ganha proporções gigantescas. Tanto quem mora nas regiões mais quentes e ensolaradas quanto os trabalhadores rurais são bastante afetados.
O dermatologista Charles Carvalho, servidor lotado no SIS, lembra que é imprescindível o uso correto e frequente de filtros solares com fator de proteção mínimo de 30, tanto para a face quanto para o corpo. Para quem tem acne ou pele oleosa na face, é bom escolher produtos específicos para essa condição.
– Em situações de exposição solar mais intensa, como à beira-mar ou em piscinas, a reaplicação do filtro solar precisa ser a cada 2 ou 3 horas. Além disso, é bom evitar a exposição solar recreativa entre 10h e 15h, quando a intensidade dos raios ultravioleta é maior – aconselha.
Ele critica o ato de ficar exposto ao sol para bronzeamento, já que quando a pele muda de cor ela está, na verdade, respondendo a uma agressão causada pelos raios ultravioleta. Charles Carvalho aconselha o banho de ducha logo após a praia ou piscina para remover a água salgada/clorada o mais breve possível da pele e, em seguida, a aplicação de um hidratante corporal.
Mais comum em pessoas com mais de 40 anos, o câncer de pele é mais raro em crianças e na população negra, com exceção dos já portadores de doenças cutâneas. Porém, com a constante exposição dos jovens aos raios solares sem a devida proteção, a média de idade dos pacientes vem caindo. Quem corre mais risco de câncer de pele são as pessoas de pele clara, sensíveis à exposição solar e que têm histórico pessoal ou familiar.
Alguns cuidados básicos:
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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