O “Seped Abraça” foi destaque, na manhã da última quinta-feira (04/04), entre os servidores do Fórum Cível Des. Euza Naice de Vasconcellos. O projeto da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped) levou o cotidiano das Pessoas com Deficiência (PcDs) com dois objetivos: sensibilizar e conscientizar os funcionários que, no total, convivem com 73 pessoas com deficiência.
Foto: Zeca Barcellos/SEPED
A diretora do departamento de Serviço Social do Fórum, Fernanda Coelho, foi quem solicitou a ida da equipe da secretaria ao local para que fosse realizada a dinâmica sensorial entre os servidores. Ela contou que teve acesso à atividade por meio das redes sociais da Seped e achou interessante a ótica aplicada.
“Temos uma base legal para darmos cumprimento, uma resolução do Conselho Nacional de Justiça, mas independente disso, precisamos correr atrás do tempo perdido. Reconhecemos enquanto instituição que temos um passivo grande em acessibilidade, que precisamos garantir direitos fundamentais. Queremos quebrar tabus e paradigmas de quem acha que acessibilidade não diz respeito a todos nós. Precisamos romper essa invisibilidade e nos inspiramos muito no trabalho que vem sendo desenvolvido na Seped”, disse Fernanda.
A diretora também comemorou a instauração da Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA) este ano no órgão e revelou que queria iniciar o ano de atividades com a dinâmica da Seped.
A dinâmica
A estratégia da atividade era fazer com que as pessoas sem deficiência pudessem vivenciar a realidade das PcDs, usando cadeiras de rodas, tapa-olhos, abafadores de ruídos e elásticos para inviabilizar a mobilidade dos membros inferiores.
Após o término da dinâmica, duas palavras foram mencionadas pelos servidores que compartilharam a sensação de ser uma PcD por algumas horas: impotência e empatia.
“O primeiro sentimento que tive foi de impotência, de não saber se ia conseguir. A gente realmente sente a deficiência do outro e, a partir de agora, não mais as verei (PcDs) com esse sentimento, mas o de empatia”, disse Mamoud Amed Neto, que atua na 1ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes (Vecute).
Foto: Zeca Barcellos/SEPED
“Foi exatamente para isso que viemos até aqui. As pessoas com deficiência não precisam de vitimização. Elas podem alcançar o que quiserem. O que precisamos é multiplicar o número de pessoas humanizadas, que repliquem o nosso olhar de inclusão”, completou a titular da Seped, Viviane Lima.
A dinâmica sensorial pode ser levada à quaisquer instituições – públicas ou privadas. Os interessados devem solicitar a atividade por meio do e-mail seped@seped.am.gov.br.
*Com informações de assessoria