Criticado por ter nomeado um ministério sem pluralidade, o presidente Michel Temer fez na última terça-feira (17) um discurso em que reverenciou a classe médica homenageada no Palácio do Planalto, mas cometeu uma gafe ao dizer que o representante indígena “foi até muito aplaudido, como um integrante do Ministério da Saúde”, ao ser anunciado na cerimônia em comemoração ao Dia do Médico.
Dr. Sildo Gonzaga Tomaz, amazonense foi vítima do preconceito de Temer- Imagem: Divulgação
Durante o discurso de cinco minutos, Michel Temer disse que via na condecoração aos 12 profissionais “uma amálgama, uma mistura de médicas, médicos e até médico indígena, que foi até muito aplaudido, assim como a senhora representante do Ministério da Saúde”.
Temer falava do dr. Sildo Gonzaga Tomaz, amazonense de Santo Antônio do Içá, no alto Solimões, que pertence à etnia Ticuna e é profissional do programa Mais Médicos. Hoje, após estudar medicina em Cuba, Tomaz atende a famílias indígenas no Amazonas.
Ao lado dele, foram homenageados médicos como Raul Cutait, que chegou a ser cotado para o cargo de ministro da Saúde antes da nomeação de Ricardo Barros, e Vanessa Van Der Linden, uma das primeiras a identificar o aumento de casos de microcefalia no país, entre outros profissionais renomados.