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Manaus, AM, quarta, 18 de dezembro de 2024

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Surge um novo personagem no caso. O mesmo que solicitou Habeas Corpus do goleiro Bruno Fernandes

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Há mais de um mês no desenrolar da situação, o Caso Neymar já é o mais longo dos últimos tempos. Isso porque continua sem previsão para acabar. Porém, nesta semana, um novo personagem entrou no caso. O militar reformado da Marinha, João Carlos Augusto de Melo Moreira.

João Carlos entrou com um pedido de habeas corpus em favor de Najila Trindade. O aposentado, que entrou de inxirido no caso, não tem qualquer conexão direta com o caso e teve o pedido negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo na última terça-feira (18).

Na petição, o capitão-de-fragata reformado requereu medidas protetivas a favor de Najila que, segundo ele, estaria sendo vítima de perseguição após fazer a denúncia. O desembargador Fernando Torres Garcia indeferiu o pedido, alegando que se a modelo necessitar de medida protetiva, o pedido deve partir dela. Procurado, o advogado de defesa de Najila Trindade afirmou que não tinha conhecimento de nenhum habeas corpus em favor de sua cliente.

Em contato com o UOL Esporte, João Carlos Moreira disse que sua intenção foi proteger a honra e a dignidade da modelo. “Tenho casa na Barra da Tijuca e já tive muito contato com jogador de futebol. E conheço como funciona esse metiê deles. E tem gente que é ligada ao jogador que já me informou que aconteceu muitas das coisas que a suposta vítima denunciou. Ela está sendo praticamente pressionada e o poder aquisitivo do jogador é muito alto”, disse.

“Ela tem o direito de ser respeitada, o que está previsto na constituição que é o respeito à privacidade, à honra, à imagem e também o princípio da dignidade humana. O que esse jogador está fazendo e o estafe dele é uma verdadeira execração moral dessa moça. Essa moça está na mídia direto, as imagens íntimas dela já foram expostas. Independentemente de ela ser uma prostituta, de ela ser uma aproveitadora, ela é um ser humano, é uma pessoa que merece respeito como qualquer outra pessoa. Ele não tinha direito de fazer o que fez com ela”.

João Carlos Moreira já é conhecido do sistema judiciário brasileiro. Em seu nome já foram protocoladas dezenas de pedidos de habeas corpus em casos com os quais o militar não tem ligação direta, possibilidade prevista no sistema judiciário do país. Com residência em Fortaleza e no Rio de Janeiro, Moreira pediu em 2010 habeas corpus para o goleiro Bruno Fernandes, à época acusado do homicídio de Eliza Samúdio. Em 2017, pediu outro HC em favor do então presidente Michel Temer e contra a decisão do ministro Edson Fachin de abrir inquérito. Os pedidos foram feitos à revelia da defesa dos acusados.

Em 2015, o militar, que se identifica como engenheiro, também entrou com um pedido de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff. O requerimento acabou arquivado por Eduardo Cunha, na época presidente da Câmara dos Deputados.

O militar afirmou que já agiu em benefício não só de pessoas famosas em casos de grande repercussão, mas também em nome de anônimos de baixo poder aquisitivo. E que vai continuar fazendo. “Estou fazendo o que o ser humano deveria fazer com seu próximo. Já fiz isso e não foi só porque o caso está na mídia. Fiz isso por pessoas pobres que me pediram e eu fiz no passado e vou continuar fazendo. Porque se existe uma coisa que tem que ser respeitada é a honra, a dignidade, a imagem, a privacidade e o princípio da dignidade humana. Todo mundo tem que ser respeitado, independentemente de você ser ladrão, honesto ou não, não interessa. Todo mundo merece respeito”, afirmou.

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Militar pediu medidas protetivas a Najila Trindade

No pedido de habeas corpus a favor de Najila, enviado pelos Correios de sua casa no Rio para um tribunal em São Paulo, o engenheiro afirma que a modelo é vítima de “pré-julgamento como sendo oportunista” e que sua integridade física pode estar em risco. Por isso, pede à Justiça que Neymar seja impedido de chegar perto dela, frequente bares ou saia do país sem autorização.

Ao negar o pedido, o desembargador Torres Garcia escreveu que não viu indícios de que Neymar esteja colocando em risco a modelo. “Se a vítima realmente pretender a imposição de medidas de proteção em seu favor, cabe a ela – e exclusivamente a ela – utilizar-se dos mecanismos previstos na legislação, representando ao membro do Ministério Público ou ao Juiz da causa”, escreveu o presidente da seção de direito criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.

João Carlos Moreira discordou da decisão do desembargador e afirmou que vai enviar um pedido de recurso ordinário ao Tribunal de Justiça de São Paulo. “Ele recusou meu habeas corpus alegando que não tinha o sujeito coator, que é o sujeito ator do suposto crime. Mentira dele. Porque no meu habeas corpus está bem claro que o sujeito coator é o senhor Neymar Jr. Me admira o desembargador, que é um homem de notório saber jurídico, recusar um habeas corpus que está bem fundamentado, que mostra as notícias veiculadas”, disse.

Najila Trindade tem ligação horripilante com o goleiro Bruno e caso tem reviravolta surpreendente

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Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.

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