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1 ano atrásno
A tatuadora Camila Gama, 41, viu sua vida “virar de cabeça para baixo” no auge da vida profissional, morando e trabalhando nos EUA, após retornar ao Brasil para passar por um procedimento estético em uma clínica conceituada de Goiânia. De acordo com ela, após fazer uma cirurgia de lipoescultura, por um descuido do anestesista de plantão, seu braço direito apresentou uma trombose arterial que culminou na amputação do membro.
Camila descreveu que fez a cirurgia em um hospital particular na capital, cinco dias depois começou a passar mal, foi diagnosticada com anemia e precisou tomar um medicamento na veia. A tatuadora disse que, por um possível erro na aplicação do remédio, ela desenvolveu uma trombose, que causou a amputação.
“Eu não posso apontar culpados, mas tudo começou depois do medicamento, aquele médico [um anestesista que estava de plantão] pegou a veia que era perto da artéria e deixou cair resíduos do remédio nela”, falou.
Camila contou que chegou ao Brasil no dia 9 de março deste ano, fez alguns exames e operou no dia 13 do mesmo mês. Segundo a tatuadora, cinco dias depois “começou o terror”, após ela passar mal e voltar ao hospital. Lá, ela disse que foi diagnosticada com anemia, tomou duas bolsas de sangue e voltou para casa.
Em casa, Camila contou que continuou passando mal e começou a perder os movimentos do corpo. Por isso, voltou ao hospital. O médico que fez a plástica não estava, por isso ela teve que ser atendida por um plantonista, que receitou um remédio a base de ferro, conforme o relato da tatuadora.
“As enfermeiras furaram várias vezes e não conseguiram [achar a veia], desci para o centro cirúrgico e tinha um anestesista de plantão, ele pegou a veia e começou o pesadelo. Começou a doer e pouco tempo depois a minha mão já tava toda preta necrosada”, contou.
Para Camila, houve negligência por parte do hospital que fez a plástica. “Eu gritava de dor, minha mãe apertava o botãozinho, as enfermeiras não vinham, elas falavam que era normal sentir dor com esse medicamento, o hospital não teve um pingo de empatia. Eu pedia para tirarem e elas falavam que era normal”, falou.
Após uma mensagem da mãe de Camila, o médico responsável pela plástica chegou rápido ao hospital acompanhado de um cirurgião cardiovascular e uma ambulância. A tatuadora foi transferida para outro hospital onde fez duas cirurgias, mas disse que os médicos não sabiam mais o que fazer com o caso dela e a família decidiu levá-la para um terceiro hospital.
“Fiquei 11 dias na UTI tomando morfina 6 vezes ao dia, com muita dor, até que eu não aguentava mais. Os médicos disseram que teria que amputar de todo jeito, mas estavam tentando amputar menos, porque a trombose já estava no ombro, a um passo de ir para o coração ou cérebro”, explicou.
De acordo com Camila, ela tomou um medicamento dos Estados Unidos durante os 11 dias de internação para tentar “diminuir” a trombose. Foi então que os médicos conseguiram amputar não no ombro, mas do cotovelo para baixo.
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