Seria votada nesta quarta-feira (20) a matéria do veto total do Governo do Estado sobre os reajustes da Policial Militar e Bombeiro Militar do Amazonas, mas foi retirada de pauta na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). Após o governo conseguir manter o veto contra os professores da UEA e servidores da saúde, o relator da matéria, deputado Sabá Reis (PR), fez o pedido de retirada da matéria e foi aprovado em plenário.
A retirada da matéria de pauta é uma tentativa para que o governo reveja a decisão do veto e possa enviar uma nova matéria à casa legislativa e assim atender ao pleito da categoria. Na mensagem original, o governador destinava apenas 4,08% de reajuste aos policiais e bombeiros militares. A expectativa dos deputados de oposição é que o Executivo estadual chegue a um percentual igual ou próximo ao destinado à Saúde e à Educação.
Para o deputado Cabo Maciel, o governo fez um acordo de dentro de sua cozinha para o reajuste dos policiais e bombeiros. “A negociata feita na cozinha do governador, pelos presidentes das associações representativas, desprestigiou toda a categoria com percentual de 4,08%, enquanto que o menor percentual concedido (Saúde) foi 10,85%. É assim que esse governo demonstra ‘respeito’ aos servidores públicos do Estado”, criticou.
De acordo com o presidente da Casa, deputado David Almeida (PSB), é a primeira vez na história do Amazonas, que o governador manda vetar totalmente um projeto de sua autoria. “Isso, no entanto, não prejudica o governo ou a Casa legislativa, mas afeta diretamente os pais de família que, por conta de briga política, estão tendo seus direitos cerceados”, frisou David.
O vice-líder do governo, deputado Vicente Lopes (PV), disse durante a sessão que a nova matéria seria encaminhada ainda na tarde desta quarta-feira (20), para que ela fosse votada em regime de urgência nesta quinta-feira (21). Até o fechamento desta edição a chegada da matéria não foi confirmada.
O presidente da Casa, deputado David Almeida (PSB) com representantes das categorias de policiais e bombeiros militares – Imagem: Dhyeizo Lemos