Em um vídeo divulgado recentemente, o ex-presidente de esquerda do Equador, Rafael Correa, surpreendeu ao expressar “total e irrestrito apoio” ao atual presidente, Daniel Noboa, mesmo em meio a divergências políticas. Correa destacou a urgência de uma unidade nacional para combater o crime organizado, pedindo que as diferenças ideológicas sejam deixadas de lado diante da crescente onda de violência no país.
A crise de segurança pública no Equador atingiu um novo patamar nesta terça-feira (9), com vários atentados e ações de grupos armados em diferentes regiões. Imagens de uma invasão ao estúdio da emissora TC Televisión, em Guayaquil, circularam nas redes sociais, revelando a gravidade da situação. Funcionários foram forçados a deitar no chão enquanto tiros eram ouvidos durante a transmissão ao vivo.
Em resposta, o presidente Daniel Noboa emitiu um decreto declarando conflito armado interno e ordenando que as forças militares neutralizem 22 grupos criminosos organizados, agora tratados como organizações terroristas. A crise se agravou após a fuga de líderes criminosos, como Fito, chefe do grupo Los Choneros, resultando em sequestros de policiais e explosões em diferentes regiões.
Desde o início do estado de exceção decretado na segunda-feira (9), sete policiais foram sequestrados em Machala, Quito e na província de Los Rios. Além dos sequestros, explosões ocorreram na província de Esmeraldas, com artefatos explosivos lançados perto de uma delegacia e veículos incendiados em outros locais, sem causar vítimas. A população equatoriana enfrenta momentos críticos, demandando ações urgentes para restabelecer a ordem e a segurança no país.